O LADO NEGRO DA POESIA

150 POEMAS SOMBRIOS

Por MARCOS AVELINO MARTINS

Código do livro: 293642

Categorias

Literatura Nacional, Poesia, Realismo Fantástico

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Sinopse

56º livro do autor das séries Olympus e Erotique, com as seguintes obras já publicadas (pelo Clube de Autores e pela Amazon):

1. OS OCEANOS ENTRE NÓS

2. PÁSSARO APEDREJADO

3. CABRÁLIA

4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI

5. SOB O OLHAR DE NETUNO

6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE

7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO

8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE

9. EROTIQUE

10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ

11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE

12. EROTIQUE 2

13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU

14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA

15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA)

16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU

17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE

18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ?

19. OS TRAÇOS DE VOCÊ

20. STRADIVARIUS

21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR

22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS

23. EROTIQUE 3

24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI

25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO

26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM

27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA

28. EROTIQUE 4

29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS

30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER

31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE)

32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE)

33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS

34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI

35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU

36. OS VÉUS DA NOITE

37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON

38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO

39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA

40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas)

41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA

42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE)

43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS

44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS

45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU?

46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA

47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI?

48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR

49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR

50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON

51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE?

52. UM VERSO SUICIDA

53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM

54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE

55. EROTIQUE 5

Alguns trechos:

“Quando eu morrer, ao fim dessas estradas, / Não me enterrem num cemitério qualquer, / Mas sim ao lado dela, / Se possível no mesmo caixão! / Deixem nossas mãos entrelaçadas, / Para que não fique, por um momento sequer, / Sem sentir sua presença, na mesma cela / Onde nos reuniu a Escuridão...”

“Depois, nada mais foi como antes, / De negro se vestiram as esquinas, / Mortalhas se espalharam triunfantes, / Carruagens infernais tocaram suas buzinas! / Os mortos se levantaram dos túmulos, / Vagando como indecifráveis zumbis, / Assassinatos chegaram a seus cúmulos, / Trucidando milhares de indefesos civis... / Mulheres lindas foram trancadas em jaulas, / Os rastros de violência se espalharam, / A liberdade foi banida das aulas, / E os amantes nunca mais se encontraram...”

“Em um universo paralelo obscuro, / O nosso amor não existe, / Para nós não há futuro, / O deus do Tempo é tão triste! / Nesse lugar, não nos conhecemos, / Nossos olhares nunca se cruzaram, / Solidão é tudo o que temos, / Nossos caminhos sempre se separam!”

“A vida escorre em mim num instante / Por este ignóbil buraco de bala, / Deixado por um vil assaltante, / E a melancolia em mim se espalha! / Nesses poucos momentos que restam, / Penso loucamente em minha amada, / E pensamentos ruins me infestam, / Enquanto meu sangue molha a calçada!”

“E, quando sobre nós chegar o inferno, / E a radiação consumir nossos corpos inocentes, / Cairá sobre o mundo um sepulcral inverno, / E vulcões expelirão cinzas nos céus incandescentes.”

“Quando foi que nasceram / Essas negras asas em tuas costas / Com estranhas garras agudas?”

“Quando chegar o último dia da Terra, / Mesmo em espírito, estaremos ainda juntos, / Observando como tudo se encerra, / Como os amantes se transformam em defuntos... / E, quando chegar esse dia funesto, / No céu, duas novas estrelas binárias brilhando / Estarão em eterno contraste com todo o resto, / Uma em volta da outra, para sempre se amando...”

“E cá estamos nós, / Lado a lado, / A sós, / Cheios de pecado, / Lembranças / Amargas / E semelhanças / Entre nossos perfumes / E sobrecargas, / Compartilhando costumes / Obscenos, / Terrenos, / Gritos roucos, / Corpos loucos / De prazeres / Orgásticos / E afazeres / Fantásticos / Até o amanhecer, / E depois / Nós dois, / Juntos, / A trocarmos assuntos, / Até o mundo morrer...”

“Em um sinistro Universo paralelo, / Jesus Cristo foi crucificado, / Mas não ressuscitou! / Debaixo daquele sol amarelo, / O amor foi vencido pelo pecado, / E Cristo aos céus não se elevou! / Naquele planeta triste, / Toda tentativa de amar é em vão, / A tristeza é soberana, / O ódio é tudo que existe, / Irmãos se matam, sem compaixão, / E a guerra reina, profana! / Naquela Terra maldita, / Que orbita no espaço sem fim, / Nunca houve um Salvador, / A solidão paira, infinita, / Nas veias corre sangue ruim, / E das ruas foi banido o amor!”

“A cidade crua, / Com sua face nua, / A sua casca rompe, / E logo corrompe / Quem não tem sossego, / Quem não tem emprego, / Com seu trânsito lento, / Com seu desalento, / Com as suas chagas, / Com as suas pragas,”

“Se será por sua magia que virarei seu escravo, / Mas talvez seja nesta noite que eu desbravo / Se farei suas vontades, ou ela será minha serva, / Nessa aventura que a bola de cristal nos reserva...”

“Eu procurava por ti, mas em vão, / Pois nunca te encontrava, / Eu te buscava em cada desvão, / Enquanto o exército dos mortos aumentava...”

“Essa escuridão que nos permeia / Faz-nos esconder atrás da porta, / Como um bandido que nos saqueia / Ou alguém que reaparece e está morta!”

“Não chore, está tudo bem, é apenas a morte, / Um dia teria mesmo de acontecer, / E entre nós dois, melhor que seja eu, / Pois você é muito mais forte, / E, de um modo ou de outro, vai sobreviver / Em um mundo onde o seu amor morreu...”

“Essa longa noite que atravesso / Num ser noturno me transformou, / Pois fui virado desse jeito do avesso / Desde que você se foi, e nunca voltou...”

“Aquele pequeno caixão / Dentro dele transporta / Toda a tristeza e compaixão / Que é possível por uma criança morta,”

“Nesta situação, muitos cometem suicídio, / Outros apegam-se a um fio de esperança, / E pedem a amigos alguma fonte de ganho, / Outros acabam cometendo um homicídio, / Enquanto o diabo, vendo a cena, dança, / Pois arrebanhou mais um para seu rebanho!”

“Resolvi me despedir dessa vida / E passar para a próxima fase, / Então este poema é uma despedida / Para minha linda morte kamikaze!”

“Estou em minha sala, em companhia da solidão / Quando, de repente, você bate à porta, / Mas só pode ser sonho ou alucinação, / Pois sei que você está morta!”

“Faz muito tempo que o nosso amor já morreu / Mas fica me rondando como se fosse um zumbi, / Com lembranças que o próprio tempo esqueceu / E cobrando-me um amor que eu nunca recebi!”

“Veremos abraçados as cinzas radioativas / Se espalharem por toda a Terra, / Enquanto as últimas paixões estiverem vivas, / No apocalipse da derradeira guerra. / E, quando sobre nós chegar o inferno, / E a radiação consumir nossos corpos inocentes, / Cairá sobre o mundo um sepulcral inverno, / E vulcões expelirão cinzas nos céus incandescentes.”

“Fui morrendo aos poucos, / Devagarinho, / Como só acontece aos loucos / E a quem ficou sozinho. /

Fui desmontando as caixas, / Onde guardava o que me pertencia, / Fui lamentando as baixas / Que se foram, junto com a Poesia!”

“Esta noite, você me apareceu, / Com olhos de quem pede perdão, / Mas deve ter sido só uma ilusão, / E quando abri os olhos, estava só eu.”

“Vem, oh, Natureza, / Ressuscita aquela chama / Que mostra a tua grandeza, / Para limpar toda essa lama! / Faz tremer todos os pilares / Que sustentam os portais da Terra, / Empresta tua fúria aos mares, / E à imensidão que neles se encerra!”

“Nos trilhos da vida, a tristeza dispara / Como se fosse uma veloz locomotiva, / E a maldita solidão ri de nossa cara, / Quando percebe nossa dor convulsiva... / E fica um gosto estranho na garganta, / Que nos faz engolir em seco, / Na angústia que no peito se agiganta, / Como se um monstro nos aguardasse num beco!”

“Quando ouço o arrastar de correntes, / E vejo lençóis pairando soltos no ar, / Escuto estranhos ruídos intermitentes, / Nas noites que não me deixam respirar! / O que será que me faz ser assombrado, / Que crime terrível terei cometido? / E essas portas onde passei um cadeado, / Como se abrem com esse sinistro rangido?”

“As luzes das lanternas não conseguem / Iluminar as sombras que me perseguem / Ocultas debaixo das escadas sombrias / Fugidas das noites mais torpes e frias / Essas sombras que lá se escondem / Soltam gritos que não se escutam / E que só os demônios respondem / Vindos do inferno onde se ocultam”

“Quando as últimas bombas subirem, / Será o início da última guerra, / E, quando elas explodirem, / Será o fim da vida na Terra / E de nosso amor eterno, / Nesse planeta então extinto, / Num permanente inverno / Radioativo, com sangue retinto.”

“Quando foi que abandonaste / Nosso mundo de sonhos e fantasia / Onde o meu amor te prendeu? / Como foi que te afastaste / De nossas noites de sexo e Poesia / Só porque um vampiro te mordeu?”

“Ultimamente, vivo assombrado / Por teu fantasma assanhado, / Que se diverte em me provocar, / E depois se desvanece no ar, / Sem deixar rastro ou perfume, / Somente deixa o negrume / Da noite, pois desliga a energia, / E fica sem luz até o raiar do dia,”

“Doce vampira, chupe meu sangue, / Até a última gota, com vontade, / Até me deixar completamente exangue, / E farei parte de ti, por toda a eternidade...”

“Durou apenas um segundo / O tempo entre a explosão / E os corpos espalhados no chão! / Parecia o fim do mundo, / Tanto sangue derramado nas ruas, / Tantas vidas desperdiçadas, / Quantas famílias despedaçadas, / Para as quais não haverá mais luas, / Nem lindos sonhos a conquistar!”

“Descobri, tarde demais, que as bruxas hoje nos reduzem / A inofensivos brinquedos, escravos sexuais e joguetes, / Enquanto voam por aí, lindas e louras, / E aos pobres e infelizes mortais seduzem, / Montadas em seus avançados foguetes, / Disfarçados em inocentes vassouras!”

“Olhei pela porta semicerrada, / E quase morri de susto, / Pois estavas no escuro pelada, / Mas escorria sangue por teus caninos! / Pensei que Deus fosse justo, / Queria teu amor, não teus dentes assassinos...”

“Mas sua boca ainda se mexia, / E, com horror, percebi o que tentava dizer, / E congelei então tudo que havia, / Sem saber mais o que fazer! / Mas a palavra maldita ainda bailava até mim, / E por isto cheguei ao meu limite, / E então congelei o espaço sem fim, / Até o dia em que Deus ressuscite...”

“Guarde de mim apenas suas lembranças, / Distribua meus parcos pertences entre os pobres, / Aquele nosso amor imenso no coração preserve, / Não perca jamais as suas esperanças, / Que fazem de seu coração um dos mais nobres, / Um pensamento para mim em seus sonhos reserve...”

“Infame vampira, que dormes numa tumba, / Em teu sinistro castelo moderno, / Lutarei até que como guerreiro sucumba, / Pois não tenho intenção de ser eterno, / E te exorcizarei com uma macumba / Que anotei na última folha de meu caderno,”

“Vermelha é a cor de teu sangue / Que espalhas pela relva, / Pelo pântano, pelo mangue, / Pela planície, pela selva, / Pelas colinas, pelas montanhas, / Entre meus olhos, pelo meu peito... / Provocas sensações estranhas / Com esse sinistro jeito / Que às vezes me mostras,”

“Em todo o mundo, terroristas bombas explodem, / A Terra está à beira de uma guerra nuclear, / Terremotos, tsunamis e furacões sacodem / Países pobres ou ricos, e nem sais do lugar?”

“Você para mim é um estorvo / E vive saltitando ao meu redor / Como se fosse um maldito corvo / Que conhece meus passos de cor / Você fica por aí me bisbilhotando / Como se não tivesse o que fazer / Qualquer dia vou te ouvir crocitando / Com suas negras asas a bater”

“Você me sepultou na cova rasa / De seu infinito desprezo, / Entre corvos e urubus sem asa, / No fundo da qual fiquei preso... / E me afundei nesse poço profundo, / Onde chafurdam sentimentos nefastos, / Onde habita a miséria do mundo, / Entre seus pântanos mais vastos...”

“Assassinei você das minhas lembranças / E renovei as minhas parcas esperanças / Com esse crime quase perfeito! / Mas algumas coisas não têm jeito, / Pois às vezes você em mim ressurge, / E contra ficar no limbo se insurge!”

“Eu disse adeus, e fui para longe, / Tentando esquecer todo o teu encanto, / Triste e solitário como um monge, / Tentando me ausentar dessa tristeza / Que insiste em reviver o passado, / Nessa saudade que me deixou sem defesa, / Enterrando o amor que por ti foi assassinado...”

“Seu olhar ardente me assusta, / Com suas risadas estridentes, / Mas não é uma luta justa, / Meu pescoço contra seus dentes!”

“Depois que secarem os últimos poços, / De nós ficarão só os ossos / E esqueletos de cidades desertas, / Restos de feridas abertas / Pela nossa ignorância, / Pela nossa beligerância, / Que destruirão este lindo planeta, / Mais do que fez um cometa, / Que nos atingiu há milhões de anos...”

“Depois do último pôr do Sol, / Depois que cair a última bomba, / Não haverá mais eu e você, / Somente um planeta destruído, / Coberto de poeira radioativa, / Morto! Como nós dois...”

“E camuflado pelos trilhos do bonde / Um soluço desesperado se esconde / Triste sobrevivente de um cataclismo / Tentando escapar do fundo do abismo / E no ônibus lotado em plena hora do rush / Uma lágrima disfarça para que ninguém a ache / Escondendo-se de olhos que preferem não ver / O desespero de alguém que só quer morrer”

“Por isto, guardo de novo teu diário na caixa, / Pois não quero profanar teus belos segredos, / Com infinito amor, eu a enrolo numa faixa, / E a embalo com carinho entre os dedos... / Ajoelho-me, e enquanto as lágrimas descem, / Concentro-me, com fervoroso ardor, / E, sem ligar se a tristeza e a dor ainda crescem, / Confio-te a Deus, com minha mais doce prece de amor...”

“Um dia, alguém que eu amava / Perguntou-me, perplexa: / ‘Você existe mesmo? / Difícil acreditar que é de verdade!’ / Pesaroso, respondi: / ‘Existi, até duvidares de mim.’ / E numa nuvem de fumaça, desapareci / Diante de seus olhos dilacerados...”

“Mas não tenho medo de nada do além / E para mim tu não és ninguém / Exceto esse monstro vindo do inferno / Que achava que seu poder fosse eterno / Mas que urra de dor quando me ataca / E sente que cravo em seu peito uma estaca / Para mandá-la para o inferno de onde veio / Com essa estaca cravada em seu seio / E de repente se transforma em fumaça / Sem deixar nem mesmo a maldita carcaça!”

“Do lado de fora da minha janela / O teu rosto esmaecido me encara, / Um espectro nessa noite tão bela, / Cutucando a saudade que se escancara! / Esse fantasma, assim flutuando no ar, / Como se alguma pessoa voar pudesse, / Insiste em todas as noites me vigiar, / Como se esperasse que algo eu confesse!”

“A Poesia que havia me abandonou, / Pois era em ti que ela morava, / Saudade e solidão, eis o que me restou, / Nesta casa onde teu riso me encantava! / Somente o teu fantasma habita esta casa vazia, / Tropeçando nos móveis, derrubando cristais, / Soprando em meus ouvidos, nesta sala tão fria, / Que teu perfume não preencherá nunca mais...”

“À noite na praia, julguei ver teu fantasma, / Mas não sabia que havias morrido! / Será mesmo um ectoplasma, / Ou será um sexto sentido? / A tua visão flutuava sobre a água, / Como se fosse de éter, / Ou como se vestisse uma anágua, / Ou se tivesse um cateter / Inserido no calcanhar, / Ou se tivesse uma navalha / Cravada fundo na jugular! / Tentei lembrar o teu nome ou teu celular, / Mas em minhas memórias havia uma mortalha, / E eu estava com fome, te esqueci, e fui jantar...”

“Nas ruínas de Notre Dame, / Dois fantasmas choram! / Quasímodo e Esmeralda / Não seguram as lágrimas / Com o teto desabado, / Cinzas por todos os lados, / Pinturas queimadas, / Vitrais destruídos, / Tesouros que se perderam, / Relíquias cristãs jogadas aos leões, / Um monumento que sangra, / Como sangramos todos nós / De tristeza e desolação!”

“Procurei algum sinal de minha amante imaginária, / Mas tudo o que encontrei foram silêncio e mistério, / Liguei para o número dela, e estava fora de área, / E quase fui procurá-la no mais próximo necrotério! / Não entendi porque não havia roupas no armário, / E o mistério só se desvendou quando vi no jornal / Uma foto, num convite para a missa de aniversário / Da morte dela, que ocorreu dois dias antes do Natal!”

“Eu te procuro pela cidade, / Enquanto as bombas caem, / No último dia da Terra, / O Apocalipse tornado realidade, / Vidas que se subtraem / No desespero da última guerra... / Quando a radiação nos alcançar, / Nesse derradeiro entardecer, / Quero estar em teus braços, / E no último instante te beijar, / Será um sonho se puder morrer / Na doçura de teus abraços...”

“Quando chegar a minha hora, / Ore por mim à mais próxima estrela, / E deixe que o vento meu espírito leve, / Leve, livre dessas amarras, / Que a vida terrena me aplicou... / Solte meus versos na noite, / E deixe que ela os leve, / Leves, para espalharem por aí o amor, / Entre os amantes que se escondem, / Por medo de ao amor se entregarem, / Ou que o mundo os maldiga...”

“Hordas de demônios herdarão a Terra: / Formigas e baratas, depois desta última guerra, / Com seus corpos simples e resistentes, / Serão os últimos sobreviventes, / Depois que o último homem se for, / Depois que o último dia matar o amor, / Na destruição gerada por malditos gênios, / Na noite sem fim que durará milênios...”

“Seu fantasma fica me rondando, / Dando risadas na minha frente, / Mas não sei até quando / Durará esse ectoplasma insistente! / Quanto mais eu o ignoro, / Mais ele fica fazendo caretas, / E aqui na rua onde moro, / Até aplaudem as suas piruetas! / Esse espectro virou motivo de piada, / E vivem de mim fazendo chacota, / Mas essa piada não é engraçada, / E não gosto de ser alvo de anedota!”

“Todos temos algum esqueleto / Guardado no fundo do armário / Por isto mesmo não me meto / Em buscar argumento contrário! / Esqueletos de ossos quebrados / Emitem um ruído assustador / Deixando-nos os dentes trincados / Como num filme de terror!”

“Essa escuridão ao teu redor / Vai te devorando aos poucos, / E vai ficando cada vez pior, / Como é privilégio dos loucos! / Esse horror tão intenso / Que te circunda / Gera o pavor imenso / Que te inunda...”

“Crianças são treinadas como soldados assassinos / Para se explodirem como se fossem anjos divinos, / E, sem aviso, as bombas explodem em redações, / Cidades históricas ruem em cruéis explosões... / Terroristas adoram espalhar o pandemônio, / Será que algum dia deixarão de adorar o demônio, / Essa besta à solta em Riad, Damasco ou Bagdá, / A quem cultuam, disfarçado de Allah?”

“Tens alguma coisa de sobrenatural, / Pois como explicar isto que sinto? / Ou só me livrarei se houver contato carnal, / Depois de algumas garrafas de vinho tinto? / Onde foi que deixaste o botão de desliga, / Ou isto acontece com um estalar de dedos? / Onde escondeste essa magia que me instiga / A me perder em teus sombrios segredos?”

“Nada é tão melancólico / Quanto o amor que um dia se foi, / Soprado e levado pelo vento / Para o deserto do esquecimento. / Quem dorme ao teu lado na cama, / Não é mais quem tanto te amou, / Mas um espectro distante do passado, / Que a poeira do amor apagou...”

“Você me jogou uma praga / Que os meus sorrisos estraga / E espanta quem estiver por perto / Desse meu caminho deserto”

“Uma promessa é um doce feitiço / Que os sonhos acalenta / Até tomarem chá de sumiço / Quando a paixão se afugenta...”

“Voas livre pelos ares, / Enfeitiçando todas as criaturas, / Por entre as nuvens te elevas, / Espalhando pelos céus as tuas trevas, / Sem nem te lembrares / Desse amor cuja saudade é a maior das torturas...”

"Trocamos juras de amor pelo domingo inteiro, / Mas, na manhã seguinte, na cama está vazio o seu lugar, / Não há rastro seu, nem mesmo o seu cheiro, / Era apenas um fantasma que veio só me assombrar..."

“Senti um sinistro arrepio na nuca, / Quando toquei no teu rosto gelado! / Bateu-me então uma ideia maluca: / Será que és um cadáver reanimado?”

“Mas o toque de seus lábios permanecerá / Para sempre em mim tatuado, / Como se fosse um beijo roubado, / Ou como se houvesse sido esculpido / Por uma flechada invisível de Cupido! / E esse beijo sutil e momentâneo, / Mas principalmente espontâneo, / Terá sido dado para ver se eu descubro / Nesse dia trinta e um de outubro / Se você é mesmo de verdade, / Com esses seus infinitos olhos de jade?”

“Um dia, você partiu sem aviso, / E a escuridão encheu a manhã... / Como eu pude ter sido tão cego, / Sonhando com você e deixado para trás? / Então você encheu minha mente com memórias, / Com histórias nunca vistas e nunca sonhadas, / Mas o pior é o horror que apaga a luz, / Trazendo seus rastros na noite sombria...”

“Assim, o feitiço viraria contra a feiticeira, / E seria eu então a fazer você de joguete, / E depois de fazermos amor numa banheira, / Voaríamos pelos céus, em seu mágico tapete...”

“Você me enfeitiçou para Semp, / Com esses seus Sapólios vampirescos, / E piquei congelado numa Brastemp, / À Mercedes de seus desejos grotescos! / Mordeste minha jugular no final de uma Fiesta, / Após tomarmos uma tarrafa de Concha y Toro, / E agora com o pouco Mustang que me resta / Terei de tomar Quasar dois litros de soro!”

“Sei que para sempre lhe deixarei um desgosto, / Mas meu amor, para sempre será dela, / E uma lágrima pungente rolará em seu rosto, / Sempre que receber uma bela rosa amarela / Que lhe enviarei do túmulo uma vez por ano, / Enquanto viver, para quando mudar de idade, / Saber, mesmo que eu não seja mais humano, / Que levarei seu amor por toda a eternidade...”

“No túnel que se abre no fim da estrada, / Um trem desgovernado saiu do trilho, / Uma bala perdida foi encontrada, / E o olhar de sua amada perdeu o brilho! / A vida sempre guarda algumas surpresas, / Quando menos se espera, chega uma delas, / Que desmorona suas parcas defesas / E incendeia todas as suas poucas velas...”

“Em noites de lua cheia, / Em um lobisomem me transformo. / Uma sede de sangue me assombra, / E, para não matar, acorrento-me em uma cadeia. / Com meu destino, não me conformo, / De um homem, virei apenas a sombra, / Tantas noites acorrentado num mastro, / Atormentado por sedes estranhas. / Mas não me esqueci de tua pele de alabastro, / Nem de teu cheiro, gravado em minhas entranhas...”

“Será que me torno um ser da escuridão, / Que somente o sangue quente satisfaz? / Ou a lua cheia traz-me à mente um vulcão / Que enquanto a noite durar, tira-me a paz? / Por que quando acordo de nada me lembro, / Mas minhas roupas estão sempre em farrapos? / Por que o ano todo, de janeiro a dezembro, / Minhas lembranças noturnas são apenas fiapos?”

“E, quando despertei, estava livre de tua presença, / Nunca mais seria assombrado por ti outra vez, / Não seria jamais contaminado pela tua doença, / E não teria pesadelos com aquela tua palidez! / E nesses versos sombrios, deixo aqui registrado / Que o inferno tem entre nós seus enviados, / E entre quem tem o poder, haverá um amaldiçoado, / A cravar na jugular de inocentes seus dentes afiados!”

“Seu fantasma vem, em todas as madrugadas, / Dar-me um alô, um beijo, ou então simplesmente / Fica sentada ao lado da cama, numa poltrona, / Deixando-me com todas as antenas ligadas, / Pois é apenas uma invenção de minha mente, / Uma manifestação da saudade que não me abandona! / Pois como poderia você ter um fantasma, / Se continua por aí, alegre e bem viva? / E se, algumas noites, até me telefona, / E sua alegre voz às vezes até me entusiasma, / Mas logo volta essa tristeza corrosiva, / Que, quando fico sozinho, chega e me detona?”

“Não adianta quereres que eu morra / Nessa tua sombria masmorra, / Nesse teu antro medonho, / Um pesadelo parido de um sonho!”

“Acho que esse frio vem desse fantasma, / Que você deixa aqui quando se rebela; / Como me aborrece esse ectoplasma, / Que fica em meu quarto como sentinela! / Mas não o vejo, pois é um fantasma afinal, / Mas esse mistério esquisito me descabela, / Pois esse frio na noite quente não é normal, / De onde vem tanto gelo numa noite tão bela?”

“Depois que terminou nosso amor, / Entrei numa fase meio dark! / Passei a só assistir filmes de terror, / Ou de monstros, como o Jurassic Park! / Sem a sua luz que me salvava do escuro, / Cada vez mais, mergulhei na escuridão, / Vejo vultos, espiando por cima do muro, / E no jardim, descubro dentes de dragão!”

“Não sei de onde você veio, / Pois surgiu bem na minha frente, / Mas tem tatuado no seio / Um vermelho tridente! / Você chega nas noites sombrias, / Sem que o espelho lhe mostre o reflexo, / Desnuda suas nádegas macias / E me oferece o seu sexo... / Mas ando meio ressabiado, / E há dias me espanto de chofre, / Pois quando estou ao seu lado / Sinto às vezes cheiro de enxofre!”

“Você morreu, mas nunca descansa, / Parece que pensa que ainda está viva, / E já estou perdendo a minha esperança, / Que dessa sua aparição ficou cativa... / Você não entende que segui em frente, / E insiste em não sair de perto de mim, / Essa assombração que me deixa demente, / E que temo que não suma até o meu fim...”

“O perigo de espreitar monstros, / Que no fundo de fossos se escondem / É que, quando você se levanta, / Os monstros estão bem atrás de você!”

“Não chores, todas as cores um dia passam, / Pessoas vão para os cúmulos todos os dias, / O quiabo é irredutível, não importa o que façam, / Arrasta para o inverno quem viveu em regalias! / Mas eu, que nunca feri nem empatei ninguém, / Não cem para onde serei levado após a morte, / Ficarei no purgatório, à esfera de alguém, / Ou será reservada tara mim a mais cruel sorte?”

“Nessa minha solidão nativa, / Você é uma morta-viva, / Sempre por aí a me assombrar, / Um fantasma sob a luz do luar!”

“Em teu olhar vejo uma mortalha / Que nosso amor sepultou, / E em teu coração o ódio se espalha, / Por quem mais te amou! / O que poderia te dizer nessa hora, / Em que vejo esse morteiro / Que sobre mim paira agora?”

“Nas profundezas de minha mente, / Você reina soberana e absoluta, / Regendo esse meu amor demente, / Contra o qual meu cérebro reluta... / Nas profundezas de meus sonhos, / Gravei fundo o seu doce nome, / E entre tantos pesadelos enfadonhos, / Você chega suavemente e me consome...”

“E toda noite vêm esses pesadelos, / Quando a saudade desponta, / Eriçam-se os meus cabelos / Ao ver o teu vulto nas sombras, / E pergunto, quando essa visão me desmonta: / Por que até hoje me assombras?”

“Sou teu prisioneiro por enquanto, / Mas um dia escaparei de teu jugo, / E em teu coração cravarei uma estaca, / E quando me olhares com espanto, / Saberás que sou eu o teu verdugo, / Pois só assim o meu ódio se aplaca...”

“Parei bem à beira do abismo, / Para vasculhar o que havia em seu fundo. / E ele me segredou, com cinismo: / ‘Pule, que eu lhe mostro num segundo!’ / Mas respondi ao abismo, sério: / ‘Você já me respondeu, / Já não é mais nenhum mistério, / Você só quer outro morto para chamar de seu, /Mas esse morto não serei eu’!”

“Com seus braços e pernas se desfazendo, / Levantou-se das covas um exército de mortos, / Tentando entrar nas casas, os ossos rangendo, / Mas como combater cadáveres desmortos? / E pela noite inteira seguiu esse pesadelo, / Por toda a cidade, sem nos darem sossego, / Seus gritos dilacerantes a me eriçar o cabelo, / Mais penetrantes do que o guincho de um morcego!”

“Saímos dali correndo, apavorados, com a brisa fria em nossas costas, / Convictos de que um pedaço do inferno morava junto de nós, / Todo esse tempo, sem que sequer percebêssemos, / Mesmo que de vez em quando um dos aldeões sumisse, / Sem deixar nenhum rastro, e nunca mais voltasse. / Eu vi, senhor viajante, e nunca mais me esquecerei / Daquele dia amaldiçoado em que dois demônios se cruzaram, / E o demônio mais antigo venceu a batalha...”

“Estou enfeitiçado pela linda sereia, / Sei que preciso escapar, mas não quero, / Pelo menos até que termine a lua cheia, / E eu possa colher seu beijo que tanto espero... / Depois, talvez eu consiga escapar… ou não! / Quem sabe os desígnios de um feitiço assim? / Talvez eu não consiga resistir à paixão, / E fique junto com ela, até o meu fim...”

“O céu dos cachorros hoje ganhou mais um anjo, / E em teu lugar, ficou um imenso vazio, / Em vez de teus latidos amigos, apenas tua ausência... / Hoje, a tristeza aflora em meus olhos, / E cala fundo dentro do peito, / Em uma lágrima furtiva que insiste em rolar...”

“Uma a uma, as usinas e suas luzes se apagaram, / E a noite estranha se espalhou como breu, / Pela última vez, alguns casais se amaram, / Enquanto o pavor inexoravelmente cresceu! / Segurei bem forte a sua mão, tão quente, / E nossos olhos trocaram uma interrogação: / Ficaríamos juntos, depois do último poente, / Ou perderíamos nosso amor para a Escuridão?”

“Há mais mistérios nesse mundo do que se acredita, / Essa raça que lá mora eram os deuses de outrora, / Que vagava entre os homens, mas se tornou eremita, / E se alguém os encontrar, abrirão a Caixa de Pandora! / Como está escrito, a vida se perderá num labirinto, / E depois, o farol do fim do mundo não mais existirá, / Pois a Terra se tornará apenas um mundo extinto, / Que no espaço infinito, solitário para sempre vagará...”

“Do lado de fora das vitrines / Dos grandes magazines, / Pessoas famintas espreitam, / Pedindo esmolas aos que se deleitam / Em comprarem o que não precisam, / Desprezando o solo onde pisam, / Sem ligarem para quem morre de fome, / Para os desprezados sem nome, / Para os quais o Natal é um teatro, / Encenado nas ruas onde ficam de quatro / Por um mísero prato de comida, / Sem mais nenhuma esperança na vida,”

“Dizem que o primeiro amor ninguém esquece, / E, ontem, tive uma triste notícia: / A minha primeira amada partiu em sua última viagem, / Para a terra dos sonhos esquecidos / E dos destinos nunca cumpridos...”

“Meus sonhos o tempo todo frequentas, / Eu te procuro, mas sempre me escapas, / E minhas fantasias ainda acalentas, / Mas onde te escondes não está nos mapas! / Quando olho no espelho, estás ao meu lado, / Mas quando me viro, de novo sumiste, / Teu fantasma minha vida tem assombrado, / És a recordação que de mim não desiste...”

“Nesses teus olhos fantasmagóricos / Que me testam sob a luz do luar, / Vejo rastros de monstros pré-históricos / Que se esconderam no fundo do mar! / Esse olhar estranho me assombra, / E frequenta os meus pesadelos, / Ainda mais porque não vejo tua sombra, / E quando me olhas, eriçam-se meus cabelos!”

“Oh, pitonisa das trevas, / Que fazes previsões do futuro, / Consultando tuas fontes primevas / Do inferno, em algum quarto escuro... / Oh, oráculo das brumas, / Que em algum antro te escondes, / Entre pântanos e negras espumas, / Em cujos segredos sombrios sondes...”

“Os que vêm com a noite não são tímidos / Mas se escondem das luzes intensas, / Em seus olhos grandes e úmidos / Escondem-se malvadezas imensas... / Eles estendem suas negras asas / E apertam seus olhos multifacetados, / Para procurar presas dentro das casas, / De preferência solitários ou abandonados...”

“Seu lindo corpo é um planeta árido, / Em suas veias corre sangue rochoso, / Brota gelo de seu rosto branco e pálido, / Promete atentados o seu olhar perigoso!”

“Mas sei que tudo isto é loucura, / Pois você se foi para baixo da terra, / Mas em todos os lugares deixou sua doçura, / E esse fantasma, que minha mente desenterra! / Esta insanidade, sei que durará até que eu morra, / Aquele amor imenso nos deixou interligados, / Minha mente oscila, nessa sinistra gangorra, / Nós dois para sempre girando, em sinistros bailados...”

“Toda vez que olho nos espelhos, / Vejo o teu espectro atrás de mim, / Com um brilho nos olhos vermelhos, / A contrastar com tua pele de cetim. / Por que assim me assombras / Se as pontes de nosso amor desabaram? / Por que te ocultas nas sombras, / Foram só elas que de nós restaram?”

“Perdoe-me por ter te abandonado / Quando mais precisavas de mim! / Como pude ter te deixado / Tão fragilizada assim? / Não me perdoarei jamais / Por ter trancado o meu coração, / Mas agora já é tarde demais, / Exceto para chorar em teu caixão...”

“Ó, ser profano, / Egresso das profundezas, / Que nada tens de humano, / Exceto as tuas torpezas, / Que pareces um homem, / Mas na verdade és um demônio, / E nas chamas que já te consomem, / Rodeado pelo pandemônio, / Hás de arder eternamente / Nas profundezas do inferno!”

“Colocou a pasta do notebook no ombro, / E foi quando notou que sua cachorra querida / Olhava-o, no sofá da sala, com assombro, / E em seus olhos tristes, notou que ela sentia, / Com a certeza de sempre, sem explicação, / Que aquele seria mesmo o seu último dia, / E que nunca mais lhe daria carinhos nem ração... / Passou-lhe a mão na cabeça, com candura, / E sem perceber, uma última lágrima rolou, / Desceu e entrou no carro, e na última aventura, / Então se foi devagar, mas nunca mais voltou...”

“The darkness around you is like a curse, / And it’s slowly devouring your sanity, / But it gets worse and worse, / Eating what’s left you of humanity! / The procession of undead / That surrounds your love boat / Is generating a terrible dread / That squeezes your throat...”

“Diga-me: onde foi que nos perdemos? / Quando a escuridão trocou de lugar com o dia, / Em qual abismo remoto foi que esquecemos / Aquele grande amor que entre nós havia? / Mas eu sinto falta de você assim mesmo, / Esqueci tudo o que sabia sobre paixão, / Mas se posso escolher uma questão a esmo, / O que quer que eu lhe conte sobre solidão?”

“Quem será você, que de negro se veste / E me persegue, sob a luz do luar, / E que me devora, até que nada mais reste, / Nem mesmo o meu último sonho de amar? / De quem será esse estranho vulto, / Que vislumbro nas noites densas, / Nas sombras e paredes oculto, / E que exala fragrâncias intensas?”

“Neste que é nosso último dia, / Escolhemos morrermos juntos, / Amando-nos com ardor até o fim. / Não haverá mais Amor nem Poesia, / Somente a Natureza calcinada e defuntos, / Nesse mundo destruído pelo ódio, enfim! / E, quando a radiação chega, impiedosa, / Invadindo nossos corpos suados, / Beijando-nos até o instante de morrer, / A radiação se instala, vitoriosa, / Sobre nossos corpos desintegrados, / Num amor que nem a morte foi capaz de vencer...”

“Morremos um pouco a cada dia, / Mas quando Deus nos leva alguém que amamos, / A dor que sentimos é quase insuportável! / O chão nos falta, vai-se embora a nossa alegria, / As lágrimas afloram a cada vez que nos lembramos / Daquela ausência imensa e irreparável... / As lágrimas estão sempre ali, à espreita, / Não se esgotaram ao lado do caixão / Que abrigou o corpo de quem nos deixou; / O destino nos legou a tristeza perfeita, / O resto da vida tentando conter a emoção, / Levantando-nos do chão para seguir com o show...”

“O ruim de estar morto / Não é ficar no escuro / Dentro de um caixão / Onde não possa abraçar / Quem no seu enterro chorou / Nesse destino torto / Que não tem futuro / A pior sensação / É não poder se vingar / Do bandido que te matou”

“De nosso amor desalmado, / Já não restou quase nada, / No armário nada guardado, / E nem debaixo da escada... / E desse amor fracassado, / Uma lágrima escorreu / Pelo meu rosto vincado, / Que logo a chuva varreu... / Deixou uma tênue esperança, / Deixada assim sem cuidado, / Que um dia então se perdeu, / Em uma última lembrança, / Que virou para o meu lado, / Soluçou, depois morreu!”

“Quando eu me for desta vida, / Mesmo que eu deixe tua alma partida, / O maior bem que sempre tive é o teu amor, / E este, levarei comigo por onde for...”

“Tentei em vão te resgatar / Do inferno no qual mergulhaste, / Mas lá não é meu lugar, / Esse abismo sem fim onde andaste! / Como pudeste decair desse tanto? / Que demônio te tornou esse traste, / Como pudeste perder todo o encanto / Com o qual um dia me conquistaste?”

“Quando menos se espera, / A tragédia nos acha, / E abre à nossa frente uma cratera, / E dentro dela nos esborracha! / Mesmo se estivermos numa boate, / Dançando descontraídos com nossa paixão, / Terroristas trazem a nós seu combate, / E nos explodem, sem qualquer compaixão!”

“Lá fora, dois homens brincam / De roleta russa, / Com a mesma crueldade / Com que você me expulsa / De seu gélido coração...”

“Não sei se esse líquido vermelho que vejo / Escorrendo pelo canto de sua boca rubra / São gotas de meu sangue ou de vinho! / Em meus sonhos às vezes tenho um lampejo / De que alguma hora eu subitamente descubra / Por onde anda à noite, me deixando sozinho...”

“Por que você não deixa / De sugar todo o meu sangue, / Deixando-me assim exangue, / Murcho como uma ameixa? / Com esse corpo assim amorfo, / Sem uma gota de sangue nas veias, / Esticado como um antropomorfo, / Rasgado por suas garras alheias,”

“Caçadores andam pelas noites / Atrás de suas presas humanas, / Amantes portam balas e açoites / Debaixo de suas camas profanas! / O amor abandonou esse planeta, / Que agora libertou a crueldade, / Deus foi substituído pelo capeta, / Que domina essa infeliz realidade!”

“Brincava gentilmente com toda criança, / Alegrando com seu latido alegre e forte / Toda aquela unida e querida vizinhança... / Mas cães não conseguem entender a morte, / Por isto olha-me com esse olhar de puro abandono, / Cheio de tristeza por um tempo que não mais haverá, / Definhando à inútil espera de seu dono, / Que nunca, nunca mais voltará...”

“E, naquele lugar tão remoto, / Sobre o qual o demônio estendera as asas, / Sobreveio um cruel terremoto, / Demolindo prédios, templos e casas. / E ao final, só restou a miséria, / Naquele lugar onde a iniquidade / Imperava como uma exposta artéria, / Deixando em destroços toda a cidade.”

“Chegaste vindo das profundezas, / Teu hálito tem cheiro de morte, / Queres levar-me em tuas correntezas / E fazer de mim o teu consorte... / Os teus lábios têm um rio de gelo, / Os olhos sombrios emanam raios, / Serpentes circundam teu cabelo, / E desmortos viram teus lacaios...”

“Nas sextas-feiras 13 fico na cama, / Jogo moedas numa fonte, / Sou aquele que muito te ama, / E para teu coração construiu uma ponte! / Não te deixo andar de costas, nem morta! / Se leio no escuro, perco a paz, / E te forço a sair pela mesma porta, / Senão nunca mais voltarás!”

“O mundo está cheio de pessoas vivas / Devoradas aos poucos por vermes carnívoros, / Que gastam seu tempo em vidas furtivas, / Alimentando-se de pobres seres herbívoros! / Seus olhos jazem em órbitas sem fundo, / Inertes, sem vida e descoloridos, / Exalando todo o fedor do mundo / Pelos seus dentes podres e carcomidos!”

“Mas ando cansado de tantos patifes, / Rindo dos pobres que comem lixos, / Enquanto se deliciam com grossos bifes, / Dando filé para seus gordos bichos! / Rogo-lhes todas as pragas da Poesia, / E quero que apodreçam numa masmorra, / Enquanto rio dessa estranha ironia, / Quem eu acuso, querendo que eu morra!”

“O que fazer, quando não restou quase nada, / Quando suas casas foram varridas, / Dos sonhos, restou o olhar perdido na estrada, / E o desespero foi o que sobrou de suas vidas? / O que fazer, quando seus filhos foram levados / Pela correnteza, e nunca mais voltaram, / Até descobrir que morreram afogados / Nessas águas, que suas histórias marcaram?”

“Vi por um momento o ódio surgir em sua face, / E a chuva ácida converter-se em flamas, / Fazendo a cidade arder em chamas, / E enchendo toda a Terra de sangue, / Deixando o meu corpo abatido e exangue, / Amorfo, esticado como uma elipse. / Vi o mundo à beira do apocalipse, / Até que o céu tivesse pena / De toda aquela dantesca cena, / De tanto horror, tristeza e destruição, / E, por amor, fizesse jorrar o perdão...”

“The darkness is around us all the time, / Watching your life behind the lights, / Waiting to kill your best rhyme / And haunting you all the nights! / All things pass, except light and darkness, / Each of them alternating through your life, / But darkness is insidious, and it can suppress / All your dreams, with a simple knife...”

“Nesse estranho torvelinho / Em que enfiei minha vida / Cheguei ao fim do caminho / Dessa estrada comprida / E nesse cruel redemoinho / Que a partir me convida / Sem destino e sozinho / Baila uma palavra proibida / Entalada como um espinho / Em minha garganta sofrida / No último quadrinho / De minha história perdida...”

“Viu sua vida a se derramar pelo buraco da bala, / E sentiu um enorme remorso pela sua amada, / Pois tivera tão pouco tempo para amá-la, / E nunca lhe dissera o quanto ela era adorada... / E assim acabou mais uma tragédia urbana, / Tão triste quanto a própria vida, afinal / Ela é tão frágil quanto uma membrana, / Mas é triste demais morrer em pleno Natal!”

“Quantos caixões serão necessários, / Quantas famílias deverão ser destruídas, / Para esses donos de impérios bilionários / Deixarem de só pensar no ouro de Midas? / Quantos sonhos se perderão em abismos, / Quando ter piedade deixará de ser profano, / Quantos ainda deverão ser os cataclismos / Para que o ser humano se torne apenas humano?”

“Políticos ganham propinas abusando de seus cargos / Vendendo-se em troca de alguns milhões de reais / Enquanto os corruptores exibem sorrisos amargos / A cada vez que exibem seus nomes nos jornais / Amantes um ao outro amor eterno prometem / Antes de se matarem em mais uma tragédia urbana / Em cada noite todas essas histórias se repetem / Como sempre aconteceu nessa aventura humana”

“Cansado dessa minha vida sem mácula, / Passei uns dias longe do calor de Goiânia, / Para visitar o sinistro castelo de Drácula, / Na distante e tétrica Transilvânia! / O tal castelo era mesmo um colosso, / Mas mal mostrava traços do lendário vampiro / Que não podia enxergar um pescoço / Sem mordê-lo até ouvir um último suspiro!”

“Deixei os meus desejos de molho, / E na paixão coloquei panos quentes, / Quando estás perto, fico de olho, / Para não me cravares teus dentes! / Conta-me quem és tu afinal, / Um demônio foragido do inferno, / Ou uma cria de todo o Mal, / Querendo me jogar no fogo eterno?”

“Mas a verdade que não quer calar / É que um artista não morre, / E não devia causar essa dor imensa, / Afinal deixou seu legado por toda parte, / E da vida apenas nos pede licença, / Pois agora vai mostrar a sua arte / Em outro tempo e lugar...”

“Todas as flores secaram, / O inverno mais cruel chegou, / Amantes infelizes se enforcaram, / Teatros explodiram ao fim do show... / Naquele último domingo / Antes da chegada da primavera, / O sangue nas ruas explodiu, e um respingo / Caiu em minha camisa branca austera, / Que nunca mais será a mesma!”

“Relembrei os meus passos, / Alguns acertos, muitos erros, / Tão poucos abraços, / E tantos enterros, / Quantas vezes a magoei, / E você me perdoava, / Tantas vezes que nem contei, / Sem perceber que você chorava, / Contabilizando as perdas e danos, / As lágrimas silenciosas / Em todos esses anos, / As promessas perigosas / Que eu nunca cumpria, / Sob minha máscara de cinismo, / E dessa vez, onde você já não havia, / Fechei os olhos, e me entreguei ao abismo...”

“Uma sombra estranha passou por mim, / Congelando meu corpo até a medula, / Por isto, estou me sentindo mal assim, / Por causa desse mistério que me desarticula! / Que sombra sinistra terá sido esta, / Terá sido um fantasma que me visita, / Ou um monstro que espreita por uma fresta, / Buscando arrebatar minha alma infinita?”

“Se existir um lugar depois deste, / Onde eu possa velar por você, / Estarei eternamente de vigília, / Pois esse seu amor inabalável / Foi a coisa mais linda nesta vida, / Prestes a se extinguir...”

“Vou sugar o seu sangue, / Coisa que eu tanto ansiava, / Até você ficar exangue, / E então virar minha escrava. / Você ainda é tão nova, / E eu tenho centenas de anos, / Por isto eu lhe fiz essa trova, / Por motivos profanos.”

“Se você me oferecer o pescoço, / Talvez eu lhe crave os dentes, / Mas nunca até chegar ao osso, / Pois nucas são como presentes, / Onde beijos são sempre bem-vindos / E costumam provocar um tremor, / E esses arrepios são sempre lindos, / E às vezes se convertem em amor...”

“És tão bela, tão sexy, tão desejável, / Que fiquei com uma dúvida miserável: / Não sei se te como até de madrugada, / Ou se bebo teu sangue, antes da alvorada!”

“Por trás de sorrisos falsos / O Mal nos espreita / Escondendo-se nas bocarras / Onde dentes pontiagudos / Ocultam odores nauseantes / No fundo de velhos cadafalsos / O Mal se deleita / Mostrando suas garras / E soltando uivos agudos / Que enlouquecem infelizes caminhantes”

“Às vezes, tentam sorrir, mas não conseguem, / Pois sua tristeza é seu bem mais profundo, / E a cada dia que nasce, apenas prosseguem / Carregando em suas almas toda a dor do mundo! / E quando morrem, e acaba seu longo inverno, / Poucas pessoas aparecem em seu velório, / Não vão para o céu e nem para o inferno, / Pois seu destino só podia ser o purgatório!”

“O mundo está cheio de verdadeiros zumbis, / Felizes em suas pretensas (quase) vidas, / Ocultos em suas infelizes identidades civis, / Sem mais fantasias, há muito esquecidas. / Em seus peitos, há corações que (quase) não batem, / São como verdadeiros desmortos, / Criando tristes cães que não latem, / Aguardando navios que nunca atracam nos portos!”

“Meu amor por ti já morreu, / Mas, como um cadáver insepulto, / Fica pelas noites buscando teu vulto, / Esperando em vão por um sorriso teu!”

“Senti um sinistro arrepio na nuca, / Quando toquei no teu rosto gelado! / Bateu-me então uma ideia maluca: / Será que és um cadáver reanimado? / Levarei essa dúvida atroz / Até o meu último suspiro, / Pois cada vez que penso em nós, / Só não dói se eu não respiro!”

“Your love haunts me / In such a ways / I’ll never know / But how does this feeling / Should be / So dark for always / And to haunt me so / Like a strange thing? / This haunting love / Hates me / And loves me a while / This strange feeling / Floats in the stairs above / And there always will be / With your haunted smile / That my heart is filling / You’re a ghost that lives / And it will haunt me for years / With your lost memories / Always in my brain / Like the autumn leaves / Or the winter tears / The summer love stories / And the last spring rain”

Características

ISBN 9781073059607
Número de páginas 231
Edição 1 (2019)
Formato A5 (148x210)
Acabamento Brochura c/ orelha
Coloração Preto e branco
Tipo de papel Offset 90g
Idioma Português

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MARCOS AVELINO MARTINS

BIOGRAFIA

Engenheiro Eletricista pela Universidade de Brasília por formação, Analista de Sistemas por opção, poeta por destino, casado, 2 filhos e 1 neto, apreciador de boa música, cinema, literatura, HQs, seriados e amigos (não necessariamente nesta ordem).

Escreve desde os 17 anos, inicialmente letras de músicas, alguns contos avulsos, poemas esparsos, e de alguns anos para cá, com uma produção intensa, com mais de 150 livros publicados, todos eles pelo Clube de Autores e pela Amazon, exceto "Poeticamente teu", da Coleção Prosa e Verso 2019 da Prefeitura de Goiânia - GO.

LIVROS PUBLICADOS:

1. OS OCEANOS ENTRE NÓS

2. PÁSSARO APEDREJADO

3. CABRÁLIA

4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI

5. SOB O OLHAR DE NETUNO

6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE

7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO

8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE

9. EROTIQUE

10. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE

11. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ

12. EROTIQUE 2

13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU

14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA

15. SIMÉTRICAS

16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU

17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE

18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ?

19. OS TRAÇOS DE VOCÊ

20. STRADIVARIUS

21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR

22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS

23. EROTIQUE 3

24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI

25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO

26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM

27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA

28. EROTIQUE 4

29. A NOITE QUE NUNCA MAIS TERMINOU

30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER

31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE)

32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE)

33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS

34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI

35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU

36. OS VÉUS DA NOITE

37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON

38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO

39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA

40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas)

41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA

42. OLYMPUS: LIVRO I - EROS (3ª PARTE)

43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS

44. OLYMPUS: LIVRO III - APHRODITE, APOLLO, GAIA, HERA E ZEUS

45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU?

46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA

47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI?

48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR

49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR

50. OLYMPUS: LIVRO IV - PANTHEON

51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE?

52. UM VERSO SUICIDA

53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM

54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE

55. EROTIQUE 5

56. O LADO NEGRO DA POESIA

57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO

58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS

59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO

60. OLYMPUS: LIVRO V - THESSALIA

61. POETICAMENTE TEU (da Coleção Prosa e Verso 2019 da Prefeitura de Goiânia - GO)

62. AQUELA NOITE DO ADEUS

63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE

64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU

65. OLYMPUS: LIVRO VI – PARTHENON

66. PASSAGEM PARA A SAUDADE

67. A PORTA DA SOLIDÃO

68. NUNCA MAIS TEUS BEIJOS

69. EROTIQUE 6

70. CIRANDA POÉTICA

71. AS HISTÓRIAS QUE NÃO TE CONTEI

72. A ÚLTIMA VEZ EM QUE TE AMEI

73. ESSA AUSÊNCIA QUE ME DEVORA

74. A NOITE IMENSA SEM ELA

75. OLYMPUS: LIVRO VII – ACROPOLIS

76. PORÕES E NAUFRÁGIOS

77. UM TROVADOR NO SÉCULO XXI

78. RESQUÍCIOS DE UM SORRISO TEU

79. CRONOS ENLOUQUECEU!

80. OLYMPUS: LIVRO VIII - MUSAS E MEDUSAS

81. SOMBRAS QUE RESTARAM DE NÓS

82. EROTIQUE 7

83. A CAIXA DE TINTAS DE DEUS

84. PONTES PARA LUGAR NENHUM

85. VELAS SOLTAS AOS VENTOS SOLARES

86. HISTÓRIAS QUE A NOITE NOS TRAZ

87. VESTÍGIOS DE UM FOGO QUE SE APAGOU

88. ARTÍFICE DE VERSOS

89. O TEMPO, ESSE CARRASCO

90. OLYMPUS: LIVRO IX - ESPARTA

91. ESSA SOMBRA EM TEU OLHAR

92. OS OLHOS MÁGICOS DA POESIA

93. VERSOS QUE JAMAIS ESQUECI

94. LÁGRIMAS PROSCRITAS

95. EROTIQUE 8

96. UMA HORA ANTES DO FIM

97. POR TRÁS DA MÁSCARA BRANCA

98. PER...VERSOS AO ANOITECER

99. SOB O OLHAR DE UM POETA

100. TODOS AQUELES VERSOS DE AMOR

101. ESTILHAÇOS DE POEMAS

102. OLYMPUS: LIVRO X - NINFAS

103. TODAS AS ESTAÇÕES DA ALMA

104. LEMBRANÇAS DE UM FUTURO DISTANTE

105. EROTIQUE 9

106. AO DOCE SOM DE UM BOLERO

107. NÁUFRAGOS NA NOITE SEM FIM

108. A FONTE DO LIRISMO

109. RETRATOS DO DESENCONTRO

110. OLYMPUS: LIVRO XI - CENTAUROS

111. MEMÓRIAS DE NUNCA

112. UM GRITO PRESO NA ALMA

113. NOS OLHOS DE UM POEMA

114. EROTIQUE 10

115. SOB O OLHAR DE UM POETA 2

116. EM ALGUMA OUTRA GALÁXIA

117. UM TORNIQUETE CHAMADO SAUDADE

118. AS LÁGRIMAS QUE NÃO SECARAM

119. VIAGEM AO FUNDO DO OLHAR

120. OLYMPUS: LIVRO XII - MARATHON

121. A QUESTÃO QUE NÃO SEI FORMULAR

122. MICRO UNI-VERSOS

123. AS LUAS QUE NO CÉU FLUTUAM

124. O DOCE UIVO DOS VENTOS

125. UM TORNIQUETE CHAMADO SAUDADE (VOL. 2)

126. O DESTINO NÃO MANDA MENSAGEM

127. EROTIQUE 11

128. UM ADEUS COM HORA MARCADA

129. UM SONHO DO QUAL EU NÃO QUIS ACORDAR

130. OLYMPUS: LIVRO XIII - TEBAS

131. O PEDAÇO DE MIM QUE ROUBARAM

132. PERDIDO NAS DOBRAS DO TEMPO

133. ESSA INDECIFRÁVEL SOLIDÃO

134. UM INSTANTE ANTES DE NUNCA

135. AQUELA PALAVRA CHAMADA ADEUS

136. EROTIQUE 12

137. DESCONSTRUINDO MUROS DE ILUSÃO

138. EXCETO A NOITE 139. DIRETO AO CORAÇÃO

140. A SOLIDÃO QUE NUNCA SE ACABA

141. UM ESPECTRO PERDIDO NA ESCURIDÃO

142. EROTIQUE 13

143. OLYMPUS: LIVRO XIV - ATENAS

144. HISTÓRIAS SURREAIS

145. SOB O OLHAR DE UM POETA 3

146. ALTER EGO DE UM POETA

147. O GUIA DOS CORAÇÕES PARTIDOS

148. SOB O OLHAR DE UM POETA 4

149. A MÁQUINA DO TEMPO CHAMADA MEMÓRIA

150. DE ESQUECIMENTOS E SAUDADES

151. LÁGRIMAS QUE SE PERDERAM NA NOITE

152. ATRAVÉS DOS ANOS

153. A SOLIDÃO QUE NUNCA SE ACABA 2

154. O ÚLTIMO DIA DE NÓS

EDIÇÕES ESPECIAIS:

015. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA)

046. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA (400 POEMAS PARA A JUVENTUDE)

056. O LADO NEGRO DA POESIA (150 POEMAS SOMBRIOS)

085. VELAS SOLTAS AOS VENTOS SOLARES (200 POEMAS ONDE O VENTO É PERSONAGEM)

099. SOB O OLHAR DE UM POETA (300 POEMAS SOBRE A POESIA - VOL. 1)

100. TODOS AQUELES VERSOS DE AMOR (400 POEMAS DE AMOR)

109. RETRATOS DO DESENCONTRO (200 POEMAS LONGOS SOBRE ENCONTROS E DESENCONTROS)

115. SOB O OLHAR DE UM POETA (300 POEMAS SOBRE A POESIA - VOL. 2)

117. UM TORNIQUETE CHAMADO SAUDADE (200 POEMAS SOBRE SAUDADE - VOL. 1)

122. MICRO UNI-VERSOS (250 POEMAS CURTOS)

125. UM TORNIQUETE CHAMADO SAUDADE (200 POEMAS SOBRE SAUDADE - VOL. 2)

125. UM TORNIQUETE CHAMADO SAUDADE VOL. 2

135. AQUELA PALAVRA CHAMADA ADEUS (150 POEMAS SOBRE DESPEDIDAS)

139. DIRETO AO CORAÇÃO (150 POEMAS EMOCIONANTES)

140. A SOLIDÃO QUE NUNCA SE ACABA (150 POEMAS SOBRE SOLIDÃO)

141. UM ESPECTRO PERDIDO NA ESCURIDÃO

142. EROTIQUE 13

143. OLYMPUS: LIVRO XIV - ATENAS

144. HISTÓRIAS SURREAIS

145. SOB O OLHAR DE UM POETA 3

148. SOB O OLHAR DE UM POETA 4

150. DE ESQUECIMENTOS E SAUDADES

153. A SOLIDÃO QUE NUNCA SE ACABA (150 POEMAS SOBRE SOLIDÃO - VOL. 2)

SÉRIES:

OLYMPUS - 16 VOLUMES (CADA UM COM 300 POEMAS)

EROTIQUE - 13 VOLUMES (CADA UM COM 50 POEMAS SENSUALMENTE LÍRICOS)

SOB O OLHAR DE UM POETA - 4 VOLUMES (CADA UM COM 300 POEMAS)

UM TORNIQUETE CHAMADO SAUDADE - 2 VOLUMES (CADA UM COM 200 POEMAS)

A SOLIDÃO QUE NUNCA SE ACABA - 2 VOLUMES (CADA UM COM 150 POEMAS)

Participante das antologias:

• “Declame para Drummond 2012” (2012), com o poema “Máscaras”;

• Antologia 2015 – Literatura Goyaz” (2015), com os poemas “Os oceanos entre nós” e “Morpheus”;

• “Desafio” (2016), com os poemas “Finito”,”De solidão e de sonhos” e “Olhar”;

• “Dez Poetas e Eu – Vol. 3” (2016), com os poemas “Átimo”, “Diário”, “Julgamento”, “Roleta russa”, “Buracos negros”, “Paronímia”, “As últimas gotas de orvalho”, “Repositório”, “Simplesmente você” e “Quando eu te conheci”; e

• “Raiz da Poesia” (2017), antologia internacional entre países de língua portuguesa, com os poemas “Os segredos que escondes no olhar”, “Borboleta”, “Autópsia”, “La nuit”, “O tio da suspeita”, “Aldebaran” e “Os sons do silêncio”.

• “1001 Poetas” (2022), da Câmara Brasileira de Livros, com o poema “Coração Azevedo”.

Página no site “Templo de Delfos”, relicário da Literatura:

http://www.elfikurten.com.br/2016/08/marcos-avelino-martins.html

Contato: cygnusinfo@gmail.com

Celular: (62) 99971-9306

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