Da Qualidade Nuclear para os Sistemas Autogeridos

Sistemas da Garantia da Qualidade

Por Lewton Burity Verri

Código do livro: 145250

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Ciências Exatas, Engenharia E Tecnologia, Administração

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Sinopse

Antes de se tecer uma previsão sobre o “modus operandi” da tecnologia e da QUALIDADE a serem aplicadas no século 21, e suas plataformas operacionais, será preciso que estipulemos as suas características, que devem corresponder às atuais buscas por maneiras ambientalmente seguras ao planeta e sua eco-geo-bio-diversidade, bem como a sua utilidade social e econômica, em produtividade, qualidade e funcionalidade.

As principais características que são buscadas para serem operacionalizadas, em novos projetos da industrialização, são aquelas tais que ainda não são consenso entre os financiadores, investidores e projetistas de instalações fabris, de bens de capital, bens duráveis e bens de consumo.

Isto porque uma das maiores evidências de que tais características não são consensos, ainda, são os parcos investimentos em operações com alto padrão de qualidade, a ausência de diretivas para o ensino de disciplinas relacionadas às concepções qualitativas, ausência de diretrizes para a administração da tecnologia e de sua qualidade, com segurança técnica e responsabilidade humanista e socioeconômica.

Não importando o modo das instalações, suas padronizações funcionais e arquitetônicas, a industrialização e seus projetos terão que aglutinar certas características operacionais em seus processos e procedimentos, para adquirirem uma utilidade ambiental e produtiva, sob as linhas mestres da sustentabilidade.

As características operacionais para o século 21 poderão ser as seguintes:

(a) Limpa – não poluente/sob rigoroso controle ambiental, sem emissão de gases nocivos, sem despejos impactantes ao ambiente, sem desperdícios de materiais, de esforços, de investimentos, de energia, com a utilização de materiais e insumos reciclantes e com notável capacidade de degradabilidade em seus locais de despejos.

(b) Humana – automação e informatização para “eliminar” trabalhos lesivos / insalubres, resguardando a saúde humana e ambiental, conferindo maior segurança nas operações e menores riscos de acidentes, erros, falhas, omissões, defeitos, oferecendo muito maior segurança na obtenção dos resultados planejados;

(c) Útil – eficiente sem perdas/desperdícios, minimizando as possibilidades de prejuízos relacionados a perdas de tempo, de materiais, de energia, da má qualidade operacional, de projeto da qualidade e de deficiências em seu controle de produção, qualidade e economia.

(d) Econômica – custos otimizados, em todos os sentidos tanto na administração da sua produção e na obtenção da boa qualidade, quanto na administração do seu sistema de controle da qualidade ambiental, sempre maximizando a sustentabilidade;

(e) Reciclante – utiliza grandes frações de materiais reciclados – matérias primas e insumos, procurando obter estes recursos para até 80% da necessidade de materiais e insumos para os seus processos primários de beneficiamento e de transformações, minimizando a utilização de tais recursos diretamente de minas, minerações e de atividades extrativas;

(f) Produtora de Recicláveis - de fácil “desmonte” ou “desmanche”, em instalações específicas – Linhas de Desmontagens, sob a égide da logística reversa, e que se dedique a contribuir com os processos de tratamento de materiais recicláveis de sua origem industrial e fabril, junto a grupos cooperativos comunitários e de micro-empreendedores.

E como poderíamos identificar a operacionalidade de indústrias e de novos projetos industriais sob o conceito de tecnologia positiva do capitalismo no século 21? Através do seu Plano de Desempenho Industrial da QUALIDADE e da PRODUTIVIDADE, com indicadores administrativos da produção, da qualidade e da sua economia fabril, tais como:

1. Defeito nos produtos ou Vício de fabricação Zero;

2. Parada de equipamento ou Quebra de ferramental Zero;

3. Acidente com ferimentos ou Morte Zero;

4. Desperdício de materiais, tempo, esforços humanos, recursos ambientais ou Perda Zero;

5. Doença por insalubridades de operações e funções ou Lesão Zero;

6. Antiética – desvios morais, dissimulações, falsidade ideológica e antiestética e distorções de design Zero... Etc.

Onde “Zero” representa o conceito de “perfeição”, significando que o objeto produzido - ou serviço realizado - está isento absoluto de defeitos ou falhas. Mais objetivamente como ppm – partes por milhão ou 1 ppm = 1 mercadoria defeituosa em 1 milhão produzidas.

O Plano de Desempenho Industrial da QUALIDADE e da PRODUTIVIDADE irá possuir metas em seus indicadores para que possamos medir os resultados. Alguns indicadores industriais com suas metas respectivas:

1. Índice de Rejeição de 5 a 10 ppm (partes por milhão) por defeitos inadequados ao uso ou á aplicação planejada – 1 ppm equivale a 0,0001 defeito em lotes de 100 mercadorias. Ou 1 defeito em lotes de 1.000.000 de mercadorias produzidas;

2. Retrabalho de lotes defeituosos de 0,001%, recuperação de mercadorias defeituosas;

3. Prazos de Entrega de 1 a 2 dias, entre o pedido da encomenda e sua entrega, no local e hora contratados;

4. Quebra de Máquinas de 5% a 8%, do tempo total de produção, ou a imposição de um ritmo de produção, no uso do potencial instalado na faixa de 90% a 95%;

5. Preparação de Ciclos de Produção em 5 minutos, tempo médio para mudanças de ferramental, ou de sistemas de produção ou ajustes dos parâmetros da automação;

6. Efetivo de operários Solucionando Problemas de 95%, de qualidade e de produtividade, reduzindo perdas;

7. Educação e Treinamento - 10% ou 200 horas/ano, por operário, aumentando o seu conhecimento e a habilidade;

8. Emissão de CO2 por 1 milhão de bens de capital, bens duráveis e bens de consumo produzidos, dentro das expectativas dos acordos internacionais de redução de emissão para medições em ppm;

9. Redução contínua do consumo de energia kWh por 1 milhão de bens de capital, bens duráveis e bens de consumo produzidos, dentro das expectativas dos acordos internacionais para medições em ppm – com minimização do uso de energia baseada em hidrocarbonetos do petróleo;

10. Redução contínua do consumo água litros por 1 milhão de bens de capital, bens duráveis e bens de consumo produzidos, dentro das expectativas dos acordos internacionais para medições em ppm;

11. Aquisição de materiais, matérias primas e insumos na ordem de até 80% das necessidades para os processos primários de transformação e beneficiamentos, reduzindo a aquisição direta de minas, minerações e de atividades extrativas;

12. Planejamento até 100% da qualidade dos produtos com materiais de alta degradabilidade, maior possibilidade de reciclagem e menores impactos ambientais.

Os financiadores, investidores e projetistas de instalações fabris deverão selecionar projetos e opções conexos aos objetivos da sustentabilidade:

1. Projetos que atendam as 12 metas acima para o Plano de Desempenho Industrial;

2. Que utilizem materiais de alta degradabilidade após descartes e despejos;

3. Que sejam planejados para a utilização otimizada de energia, água, área de assentamento, posição geográfica e com indicações ambientais do geoprocessamento científico;

4. Que estabeleçam Educação Ambiental formal e informal de acordo com suas características, atividades e possíveis impactos ambientais nas comunidades em seu redor, para seus funcionários e para os munícipes das comunidades;

5. Que estabeleçam transparência em seus controles e em suas não-conformidades em relação às legislações, tratados e acordos comunitários, nacionais e internacionais.

A Educação Ambiental Formal dentro da empresa seguirá o Modo Científico, para operários, técnicos, engenheiros e cientistas, para aumentar o conhecimento do pessoal sobre suas tarefas, atividades e procedimentos, nos processos industriais, no ciclo de vida dos produtos, e serviços, e suas habilidades funcionais e operacionais de maneira que sejam minimizados os riscos de defeitos, falhas, omissões e acidentes.

A educação ambiental necessitará da formação de um contexto básico, que possa ser considerado um modelo padrão para todas as atividades, respeitadas as particularidades das empresas e suas funções industriais e de serviços, e de suas relações com as comunidades em redor das fábricas e de empreendimentos assentados na localidade selecionada.

Com nos parece óbvio, a educação ambiental mesmo que estabelecida em modelo padrão, que apesar de adotar um mesmo roteiro técnico-científico, de educação e treinamento – E&T - em administração e controle de processos e procedimentos ambientalmente impactantes, ser diferente, para atividades numa usina nuclear, daquelas atividades de um posto de gasolina e daquelas de uma indústria automobilística, por exemplos, todas elas seguirão um mesmo script geral.

O Script Geral de Educação Ambiental para na utilização de tecnologias positivas no capitalismo do século 21:

1. Ecologia - fornecer as noções básicas da ecologia, suas relações interrelações, fenômenos, equilíbrios, como a ciência que estuda o Meio Ambiente;

2. Poluição - caracterizar atos e ações poluidoras, como ineficiência na gestão dos recursos naturais e operacionais, em solo, água, ar, som, calor, vibrações e radiações;

3. Operações Limpas - efetivar operações com métodos que previnam a poluição, antes que ocorra e mecanismos de atenuação de contaminações ou emanações nocivas;

4. Legislação Aplicável - instruir sobre os códigos de leis que fazem a salvaguarda da natureza e incriminam práticas e procedimentos, transgredintes dos princípios naturais e fenomênicos, e sobre a concepção de um programa interno à empresa de auditoria ambiental;

5. Custos de Aplicação - ensinar a efetivar a dotação contábil dos custos de prevenção, falhas e atenuações, para análise de relações de Custos / Benefícios, para racionalizar recursos com segurança;

6. Benefícios Sociais - instruir sobre economias relacionadas às atividades de Controle da Qualidade do Meio Ambiente, que repercutem num menor número de doenças, acidentes, contaminações e etc;

7. Reciclagem - instruir sobre práticas de reciclagem aplicáveis às atividades da empresa, na produção de seus produtos, nos descartes, emissões, rejeitos e despejos, bem como na denominada concepção direcionada às atividades industriais e de serviços segundo a Logística Reversa.

Parecer técnico: o Brasil não possui preparação técnico-científica para enfrentar este futuro imediato.

Características

Número de páginas 119
Edição 1 (2013)
Idioma Português

Tem algo a reclamar sobre este livro? Envie um email para atendimento@clubedeautores.com.br

Fale com o autor

Lewton Burity Verri

PÓS GRADUAÇÃO - UBM - Centro Universitário de Barra Mansa - RJ

Pós Graduação em Licenciamento e Gestão Ambiental

Barra Mansa / RJ – Brasil - 2011 – 2012 – Concluído em outubro/2012

GRADUAÇÃO - UFF - Universidade Federal Fluminense

Engenharia Industrial Metalúrgica - Volta Redonda / RJ – Brasil - 1972 – 1974 e Básico de Engenharia Mecânica na Escola Naval, de 02/02/1970 a 02/02/1972.

EMPRESAS EM QUE TRABALHEI: CSN, SERCO, ABRACOOP, FACULDADE ANGLO LATINO - SP, FACULDADE SUL FLUMINENSE.

CARGOS EXERCIDOS: De engenheiro estagiário a engenheiro sênior, na industrialização, com atuação na alta administração: foi assessor técnico da Presidência, foi Vice Presidente e Diretor Técnico de empresa de engenharia, foi Presidente de ONG, Professor do Ensino Superior.

Possui 48 mil horas em engenharia industrial e metalúrgica, administração da produção e do controle da qualidade, assistência técnica aos clientes, especificação de processos siderúrgicos, auditorias da qualidade, projetos e desenvolvimento de novos produtos, projetos de experimentos laboratoriais e industriais, controle estatístico e planejamento da produção, exportação de produtos, normalização e padronização de produtos e processos, desenvolvimento de sistemas de informações, desenvolvimento de sistemas de controle da qualidade, pesquisas, estudos científicos e projetos de experimentos, implantação de ISO 9000, ISO - 14000, implantação de TQC - Total Quality Control (especialização no Japão – 1991 – 180 horas), implantação de CCQ - Círculos de Controle da Qualidade e assessoramento técnico da presidência da CSN e do Conselho de Administração.

Engenheiros Blog: www.engenheiros.blog.br

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2 comentários
Fabio Ernani Scherer
Sexta | 20.09.2013 às 17h09
Olá, parabéns pelo seu livro! Se quiser, assista este video e divirta-se: http://www.youtube.com/watch?v=G4VS5MoshsM
jonas torquatto
Segunda | 13.05.2013 às 23h05
Parabéns pelo obra publicada, muito sucesso! Também sou escritor do clube de autores, que, em minha opinião é o melhor meio de incentivo à novos escritores. Também tenho obras publicadas. Gosto de incentivar à leitura, enviando um e-book à todos que acessar meus livros no clube de autores e deixar um comentário e avaliar entre uma à cinco estrelas. Autor Jonas Torquatto