Liberdade – Antologia Poética
Dentro da minha obra, os livros Liberdade, Cores, Matinalmente, Tempo ao Tempo, Areia, Palavra Profícua, Dor Inafiançável e Depois de Tudo fazem parte de um conjunto que chamo de Marco Zero. São livros brutos, enormes, sem tratamento nenhum, simplesmente a transposição do que eram como cadernos manuscritos para o formato de livro. São leituras ingratas seja de qualquer um dos títulos. Tanto pela desconexão entre os poemas, a falta de uma linha norteadora que possa causar uma sedução, seja pela rudeza da própria escrita, cada volume entrecortado por obscenidades xucras de poeta em processo de lapidação.
No entanto, ainda que o senso comum e o mercado torçam o nariz para tais obras, desde sempre, eu me comprometi a colocá-las num patamar que possa amenizar tais aversões. A meu ver, na minha perspectiva de pai da criança, entendo estes livros se tratarem de um material riquíssimo e que já vem alimentando alguns dos meus lançamentos. Minha Flor e O Fingidor são crias deste exercício. O intuito é de editar livros menores, mais leves, reunindo versos que tenham uma correlação, desenvolver personagens que vieram ao mundo, porém sem muito destino, como também capturar a essência dos malfeitos para uma releitura mais domesticada, ou seja, criativa. Trocando em miúdos: é trabalho pra burro! São mais de três mil versos, dezenas de assuntos que se fecham como propostas de título, e muita coisa “triste” pra desentortar. Mas é isto! “Para tão longo amor, tão curta a vida”...
Liberdade é o mais audacioso dos projetos. São quatrocentos e trinta e três versos, creio que nenhum deles consumíveis no seu estado puro, sem um caprichado tratamento. Este o que dele vier é um novo livro, invariavelmente. Alguns versos eu consegui manter a sua alma intacta, outros até estrofes inteiras, mas via de regra, o desnaturado Liberdade sofreu mudanças severas. Isto que chamo aqui de Antologia, talvez nem se aplique, mas enfim, teimo em dizê-lo! É também a minha obra mais querida, mais relida e mais retrabalhada. Onde estão as musas que mais adoro, as minhas odes mais sentidas e onde reflito com maior transparência toda a minha sinceridade.
Bom, meu caro leitor é chão pra danar! Este é só o começo. Espero dar conta desta jornada. Liberdade – Antologia Poética é uma coletânea fina de versos com enfoque mais filosófico, ou que pelo menos, fogem das odes apaixonadas, algo que adoro escrever, mas que às vezes precisam dar espaço a pensamentos mais amplos (chamemos assim...). Do livro Liberdade original, além desta antologia, pressinto que surgirão pelo menos uma meia dúzia de outros títulos, não sei. E estou falando ainda apenas do primeiro volume dos outros sete que constituem o Marco Zero! Que São Marcos me ajude! Boa leitura.
Número de páginas | 80 |
Edição | 2 (2015) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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