É preciso perseverar. A sombra que sempre me vigiou sorrateira resolveu me colocar um capuz, me amarrou os pulsos e me largou num despenhadeiro. Era claro que não ia ficar barato, muito menos que era de graça. Mas tenho consciência de que apenas fui metido num mesmo balaio, não sou de forma alguma qualquer tipo de ameaça. Matam-me como a uma barata. Mas esta causa não é minha. Volto para o papel e lápis numa boa. Não existe também monstro nenhum aí. O banal é o que ainda tem mais apelo. É preciso enxergar a coisa quando o artista está disposto a pagar pelo seu sucesso, porque tem muito canalha no meio do caminho que vai querer o dele. E não tem escapatória. Ainda assim vai demandar uma teimosia bárbara. O osso é disputadíssimo. E fazer render estes quinze minutos, para que pelo menos gere uma onda, é outro custo. O gênio normalmente não tem saco. Ele vai cuidar da vida dele. Entende a sua tara. E some, muitas vezes deixando rastros bem visíveis. Porém só seus pares podem mesmo desfrutá-los. A ignorância bebe e se multiplica. É facilmente domesticada, esfolada, exaurida e não vai perceber nunca o escravismo. Seu mal é a preguiça. No entanto todo serviço porco já esta no custo do produto. O Brasil é o rei do desperdício. Mas honestamente: que se dane.
- Onde há o senso crítico, nem a morte consegue calá-lo. Isso é História.
Número de páginas | 178 |
Edição | 1 (2021) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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