Como era bom, no tempo da vovó, quando a gente fazia os nossos próprios brinquedos. A imaginação voava e, mais tarde, quando a gente deixava de ser criança, as ideias fluíam. Eramos mais “gênios” do que hoje. Éramos mais espontaneamente originais. Não precisávamos fazer um curso para conseguirmos resolver problemas. Não precisávamos de especialistas para nos ajudar a encontrar soluções.
Computador é muito bom; eu não passo sem ele. Mas, o prazer de ver algo feito por mim mesmo, no concreto, nas três dimensões, não numa tela, mas nas minhas mãos, é inigualável. No tempo da vovó tínhamos esse prazer no cavalinho de pau, na bola de meia, no vestido da boneca, na própria casinha da boneca, um botão podia virar jogador de futebol, uma caixa de fósforos vazia virava canhão (sopra uma, com força, e vê como a gavetinha vai parar longe), uma folha de papel virava aviãozinho ou pipa.
A proposta dos “12 cubos e 1 intrometido” é essa: voltar ao prazer, nato do ser humano, de fazer suas próprias obras. Com ele, antes mesmo de jogar o jogo, você vai recortar, dobrar e montar as peças. Antes de trabalhar comparação, seriação, ordenação, regras e limites, você vai trabalhar a coordenação motora, sua e de quem estiver junto com você no jogo.
O jogo é versátil, com suas 8 modalidades, é indicado para crianças dos 8 aos 88; na verdade, falando sério, é indicado para as crianças a partir do momento que já identificam as cores, até a idade em que ainda se pensa; eu conheço gente que já passou dos 100 e ainda pensa.
Experimente; o prazer de fazer, vale a pena. Mantenha “O Alemão” (Tio Alzheimer) longe.
Número de páginas | 18 |
Edição | 1 (2011) |
Idioma | Português |
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