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Rodney Lima

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Como eu me defino?
Em verdade, há quase unanimidade em afirmar que falar de si mesmo é uma tarefa bem difícil. Eu, há algum tempo, não faço mais parte dessa maioria e quem me convenceu disso – em parte – foram as pessoas que me criticaram em tempos de outrora me adjetivando desta forma: "Nei, você é um sonhador". Bem, não que eu seja volúvel às críticas, mas Sócrates – que disse: "Só sei que nada sei" – ensinou: "O princípio da sabedoria é quando se reconhece a própria ignorância".
O fato é que quando volvi meu olhar ao pretérito e vi que veni, vidi et non vici (“parafraseando” Júlio César), a rigor, convenci-me de que o predicado de sonhador me cabe – sem frustrações – como uma luva! Não obstante, enamorado da Flor do Lácio que sou, por que não deixar "chique" tal pecha? Passei, portanto, a autointitular-me desta forma: "Sou apenas um sonhador contador de História". Ficou legal, né? Gostei, tanto que virou meu axioma que sempre coloco como frase de efeito em meus livros. Percebeu que o termo em destaque é com H e não com E? Isso foi pensado, pois estou certo que, ainda que uma obra se enquadre no gênero ficção, a arte imita a vida e, quiçá, vice-versa.
Agora, permita-me a 3ª pessoa para descrever as trivialidades sobre mim: esse sonhador fez Letras, Filosofia e Teologia. Ele escreveu cinco livros. A primeira obra foi o livro de denúncia sobre as transgressões de um clero infestado por ideologias vãs, sobretudo o "câncer" da teologia da libertação: A RESILIÊNCIA QUE VEM DA CRUZ. O segundo trabalho literário foi o cômico romance catequético católico: O PASTOR ALOPRADO. O terceiro livro foi: Francois Xavier Nguyên Vân Thuân: "o apóstolo do evangelho da esperança". A quarta obra literária foi: À MINHA VOCAÇÃO, UMA CARTA. Por fim, seu quinto livro foi: BOLSONARO, O PALADINO DA LIBERDADE. Ah, vaidade, tudo é vaidade (Ecl 1,2). O sonhador contador de história tem na leitura seu manancial de conhecimento. Foi por meio dela que ele – humilde – conheceu o mundo. Foi por meio dela que ele foi capaz de pensar por si mesmo e não ser um difusor de "verdades aleatórias". De tanto ler sobre tudo, ele passou a escrever...
Falando sobre a Verdade, agora, permita-me retomar a 1ª pessoa para descrever o essencial que – em concordância com Exupéry – não é visto com os olhos, mas com o coração. Foi por meio dos bons livros que aprendi que a Verdade é singular e indelével. Foi por meio deles que acreditei num Deus Trino cujo Verbo consubstancial ao Pai encarnado, então com 12 aninhos, foi capaz de ensinar aos sábios no Templo e, com 33, ensinou a maior lição de amor quando – no bojo do mistério da união hipostática – livremente escolheu ficar pendente no madeiro romano e ali fenecer para a remissão da humanidade que O aceitar e viver a sua Boa Nova. A morte, porém, não foi capaz de detê-lo, pois, como vociferam os bons poetas, é impossível anular a primavera!
Em suma, por isso tudo e otras cositas más, agora digo aos meus críticos: obrigado, porque me ajudaram a melhorar... acho. Afirmo, todavia, com toda minh'alma e honestidade intelectual: tão grande quanto meus sonhos, é minha fé no Doce Rabi da Galileia!
Em última análise, de tudo aquilo que vivi até aqui, essas poucas linhas são o melhor que posso fazer para tentar definir tudo aquilo que eu pude ser, tanto que assim eu sou. Quanto ao que serei, sem anular meu livre-arbítrio, os tempos vindouros pertencem somente a Deus! A Ele, a minha história, visto que também aprendi que, apesar do bom combate, tal escolha, na certeza da vitória, é optar pela melhor parte que jamais me será tirada (cf. II Tim 4,7; Lc 10,42).
Sem mais, muito prazer!

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