Todos os dias, próximo a nós, alguém desaparece sem que saibamos.
Os casos de pessoas desaparecidas é um problema de difícil solução. O número de pessoas desaparecidas aumenta de forma alarmante e o apoio dos órgãos públicos é precário para as cerca de 200 mil pessoas que desaparecem por ano só no Brasil.
Algumas providências são esperadas do Estado. Dentre elas, as mais importantes: um cadastro unificado de pessoas desaparecidas e um banco nacional de DNA eficientes. Objetivos ainda muito longe de serem alcançados.
Das 200 mil pessoas desaparecidas, cerca de 40 mil são adolescentes e crianças, das quais, 6 mil nunca mais retornarão para as suas casas se algo não for feito para mudar esse quadro.
Para piorar essa situação, as autoridades brasileiras ainda deixam de cumprir o que é previsto em lei para os casos de desaparecimento. A nossa legislação prevê que toda delegacia, ao registrar uma ocorrência de criança ou adolescente desaparecido, deve começar uma busca imediata, além de acionar aeroportos, portos e terminais rodoviários. Isso nem sempre é feito.
Não podemos banalizar a proteção das nossas crianças. A população tem que ser informada e o governo tem que conscientizar à todos dos riscos e dos perigos que rondam nossas famílias.
A Constituição Federal menciona que é dever do Estado, proteger e colocar as crianças, adolescentes e pessoa com deficiência a salvo de toda forma de violência, exploração, crueldade e opressão. Que é de competência dos Estados legislarem sobre proteção à pessoa com deficiência, à infância e à juventude.
Com toda essa situação, ficam perguntas. O que fazer? A quem recorrer? Por que tantas crianças desaparecem? Por que acontecem tantos casos de pedofilia? Por que as crianças fogem de casa? Por que a sociedade permite tanta violência? Porque não temos proteção? Por que as leis não são cumpridas?
Esse livro fala sobre esse terrível quadro. Fala dessa luta, dessa dor, dessa busca; do desespero de se sentir impotente; da fragilidade da nossa segurança; do risco silencioso; do perigo iminente que se encontra em qualquer lugar; das mentes doentias que destroem nossas vidas e da solidão por não ter ajuda.
Usando a ficção, crio uma estória que, para muitos, reflete uma história, a história real de suas vidas; de seu enorme sofrimento.
Numa ONG que se dedica à busca de pessoas desaparecidas trabalha Luiz. Ele é o responsável por tudo. É um psicólogo muito dedicado a essa causa e que não mede esforços para minimizar o sofrimento de tantas pessoas.
Sem conseguir dar conta do trabalho, Luiz contrata outro psicólogo. Ricardo. Jovem íntegro e inteligente, que acompanha Luiz como seu braço direito.
O dia a dia da ONG é pesado e Ricardo, que admira a dedicação de Luiz, tenta se adaptar e aprender com histórias dolorosas, porém acaba deparando com um perfil doentio do chefe. Luiz demonstra uma forma de agir esquisita nas diversas situações vividas. Ricardo ganha apoio quando se junta a Paula, uma voluntária da ONG, que é convencida por Ricardo de um possível desequilibrio de Luiz.
Os dois começam a mapear a vida e o perfil de Luiz e deparam com um histórico conturbado de vida que transforma Luiz numa mente adoecida e obcecada pela busca de pessoas desaparecidas e um passado traumático.
Ricardo acaba por acumular duas tarefas. O seu trabalho na ONG de investigação dos desaparecidos e o de psiquiatra em busca silenciosa e secreta para uma solução de uma possível psicopatia do próprio chefe.
O livro conta histórias de sofrimento, mas clama por ajuda. É um pedido de socorro em nome de tantas mães, pais e familiares que estão desesperados e solitários na busca de seus filhos e de seus parentes.
Número de páginas | 136 |
Edição | 1 (2019) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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