“Quando Meu Coração Calar” é uma narrativa épica situada no Brasil dos séculos XVIII e XIX, abordando a luta pelo poder, a resistência de comunidades marginalizadas e o despertar do feminismo. A história começa dramaticamente com o nascimento de Heliodora durante uma tumultuada travessia do Atlântico em um galeão cheio de escravos, mercadorias, passageiros comuns, prostitutas e degredados. Ela nasce em meio a uma tempestade feroz, e sua vida é salva por Tiata, uma parteira escravizada, marcando o início de sua extraordinária jornada.
Após se estabelecer no Brasil, a família de Heliodora enfrenta grandes adversidades, levando à ruína do patriarca e forçando Heliodora, no decorrer de sua tumultuada vida, a tomar as rédeas como uma líder resiliente e empreendedora. Desde jovem, ela se destaca por questionar as normas sociais e impulsionar mudanças, expandindo a Fazenda Fortuna. Esta fazenda não só prospera na agricultura, mas também se torna um refúgio para a comunidade afro-brasileira, essencial na gestão e proteção das terras e dos assentamentos distribuídos às famílias.
Personalidades como Pai Tenório e depois Terêncio, o capataz cuja liderança é crucial nos momentos de crise, e outros membros influentes da comunidade afro-brasileira, como Berenice e outras personagens da comunidade afro-brasileira, desempenham papéis vitais na defesa da fazenda contra as injustiças promovidas pela coroa portuguesa. À medida que Portugal tenta fortalecer seu controle no Brasil, a tensão cresce, culminando em Heliodora enfrentando diretamente autoridades que tentam tomar suas terras.
A rivalidade entre Heliodora e Maria Mourão, conhecida como “Maria Canguçu”, também ilustra os desafios de poder enfrentados pelas mulheres da época. Maria, cuja própria história é marcada por perdas e lutas, se torna uma adversária formidável para Heliodora.
Além disso, a história incorpora a participação indígena, com personagens indígenas que têm papéis significativos tanto nos conflitos quanto nas alianças formadas, refletindo a complexidade cultural e social da época e a bravura deles como os verdadeiros donos das terras do Brasil.
Doutor Raposo, um advogado corrupto, exemplifica a truculência do império, ameaçando a estabilidade da Fazenda Fortuna com suas manobras legais desonestas, que levam a confrontos físicos e ideológicos. Ele é seguido por uma fila de pessoas enraizadas no provincianismo, que se unem de forma truculenta contra a família de Heliodora, sendo os opressores das raças minoritárias.
A igreja, na figura de dois padres locais, imbuídos nos verdadeiros ensinamentos da fé, independente de religião, defendem a cultura dos escravizados, lutando na surdina contra o poder das autoridades eclesiásticas da época, ao mesmo tempo que tentam pacificar os embates entre famílias de poderosos e defender os oprimidos pelo sistema.
“Quando Meu Coração Calar” não apenas conta a história de uma mulher desafiando o colonialismo, mas também celebra a união e a resistência de comunidades historicamente oprimidas, forjando um legado de esperança. Este livro retrata vividamente um período turbulento da história brasileira, destacando as lutas e resiliência que moldam a identidade nacional.
ISBN | 978-65-266-2191-2 |
Número de páginas | 460 |
Edição | 1 (2024) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 90g |
Idioma | Português |
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