Longe dos hermetismos tão caros a alguns deleuzeanos, longe do fetiche acadêmico: virtuoses conceituais, Guilherme nos aproxima de uma maneira acessível e rigorosa das discussões contemporâneas sobre o pensamento e suas ressonâncias com a produção de subjetividade, a clínica e a política. Contudo, não espere o leitor encontrar neste trabalho uma historiografia, no sentido clássico, sobre o pensamento, sobre o ato de pensar ou uma narrativa sobre sua evolução. O que se apresenta é uma espécie de geografia do pensamento. O autor não se interessa pela tradicional recognição filosófica: isto é um platonismo, isto é um descartismo, isto é um hegelianismo. Considera que apenas reconhecer os objetos conceituais e/ou suas paternidades é pouco, quase nada. O que procura mapear é aquilo que pode o pensamento, quais suas possibilidades e agenciamentos para e com os coletivos humanos, suas interferências, como o pensamento se dá e, ao se dar, quais suas potências éticas, estéticas e políticas, seus desdobramentos na invenção de si e do mundo, na arte e na clínica. Se para este livro pudesse escolher um refrão, algo que da primeira a última página parece insistir e sempre retornar, ainda mais uma vez, seria: como fazer do pensamento uma arma, uma ferramenta de composição do mundo.
ISBN | 978-85-909620-1-4 |
Número de páginas | 173 |
Edição | 1 (2010) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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