O Hamlet Caótico foi assim denominado por tratar-se das lembranças de um Horácio já idoso, mas ainda influenciado pelos acontecimentos do passado. Tratam-se de suas memórias da tragédia shakespeareana – da maneira como ele a recorda – as quais são apresentadas ao público de forma aleatória, assim como um velho se lembraria de fatos ocorridos em sua juventude. Não é uma releitura fiel e linear do drama: cenas foram emendadas, personagens foram cortados, locações foram mudadas e parte das intrigas da corte foi suprimida – justamente porque, por tratar-se da visão de um único participante da trama, o qual além de tudo deseja fazer uma narrativa rápida, clara e concisa do enredo proposto (como alguém que se propõe a contar algo resumidamente, sem entediar o ouvinte), é natural que grande parte dos detalhes seja excluída. É uma peça curta: cinco atos de uma única cena cada, onde os acontecimentos possuem uma dinâmica que praticamente não permite pausas – como se Horácio, acostumado a repetir mecanicamente o que conta, fizesse-o já com maestria, sem deixar lacunas de inatividade na costura de sua narração.
Número de páginas | 80 |
Edição | 1 (2011) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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