Houve um tempo que a festa era no dia 31 de maio e por isso leva o nome de “FESTA DE MAIO”. Temos festa de maio em junho.
Lembra-me agora um romance que aconteceu numa linda festa de maio. Tudo começa assim:
A cidade em ritmo de festa. Visitantes, carros diferentes, música, bandas de música e um mundo de surpresas e alegrias.
Passava o desfile do Colégio Estadual de Calçado. Armando olhava as moças de branco. Súbito seu olhar parou numa morena de olhos verdes e brilhantes. Detêm-se a observá-la:
- Que moça linda! Como é bem feito o seu corpo.... Que ternura ela tem no olhar, nos gestos, no andar. Estou paradão nessa morena.
O desfile vai seguindo. Os olhos de Armando não veem mais nada a não ser a linda moça que vai marchando lindamente pelas ladeiras da cidade. Passa o desfile em frente ao coreto. O pelotão que carrega as Bandeiras dos Estados brasileiros faz uma festa de cores quando os portadores levantam cada uma, embalando-as ao vento.
Outros pelotões vêm representando fatos históricos da cidade, do Estado, do País. Exibem as principais riquezas da terra. Mostram características das estações do ano. A primavera, o verão, o outono e o inverno. Tudo numa harmonia cuidadosamente estudada.
Na organização do desfile, destacam-se, ano após ano, gloriosamente, a professora Therezinha Juliana Almeida da Fonseca (talento genial), Penha Lopes e outras professoras de Educação Física e de outras matérias do currículo escolar. Mestras queridas e portadoras de especial talento para as artes, pondo a beleza literalmente nas ruas e, também, em nossos corações.
Depois de percorrer a praça e as principais ruas da cidade, o desfile retorna ao Colégio. Os alunos apanham de volta suas cadernetas. Todos sentem fome, afinal estão desfilando desde cedo.
Passado o movimento do desfile, a festa se resume, agora, nas barraquinhas: brinquedos, colares, pulseiras e anéis de todo tipo e de toda cor. Outras vezes os vendedores expõem num cantinho de grama os seus produtos.
Já começa a entardecer.
Armando sai da pensão, vestido com a roupa mais bonita que trouxera. Neste momento o carro da OPPC (Organização Publicitária Pereira Campos), de Bom Jesus do Norte, contratada para fazer a cobertura sonora dos festejos, traz a todos belas músicas e convite para as próximas atrações.
Armando presta atenção em tudo. Mas seus olhos procuram aquela linda morena que viu passar no desfile. Começa a andar sem rumo pela praça.
Eis que vem chegando um grupo de oito a dez moças. Os olhos deste rapaz de Barra de São Francisco passeiam inquietos em todas elas. Súbito, porém, fixam-se numas pernas morenas e bem torneadas, seguidas de um vestido azul céu, dando-lhe uma rara beleza. Seu olhar sobe rapidamente pelo colo e encontram os graciosos seios. Seu coração bate mais forte. Continua olhando-a, examinando-a minuciosamente. Os cabelos presos à nuca por uma simples pregadeira obrigam os cachos a se acomodarem afofadamente, moldurando-lhe o rosto delicado.
Neste instante seu olhar encontra o dela. Ele vê naqueles olhos verdes o mesmo brilho que o atingiu à primeira vista. A boca rosada e bem-feita já é um convite para o beijo. Olha – a nos olhos.
-Como você se chama?
Ela, levemente corada, entendendo o sentido da pergunta, limita a dizer-lhe:
-Chamo-me Anne!
-Puxa! Não conhecia nome mais bonito e nem outro que combinasse tanto com a aparência da pessoa.
Um tanto encabulado, Armando quer continuar a conversa.
ISBN | 978-1729670798 |
Número de páginas | 108 |
Edição | 1 (2018) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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