É comum pensar que o erro está associado aos seguintes fatos: ou não conhece o assunto ou não possui capacidades de raciocínios plenamente (suficientemente) desenvolvidas. O primeiro é óbvio. O segundo, porém, nos traz a seguinte questão: em que se baseia esse poder do pensar e como exercitamos tal prática a fim de minimizar os erros? Em que proporção aspectos extra-mentais (biológicos, por exemplo) não interferem no sucesso do agir coeso, lógico e infalível do ser humano? Deste modo, o primeiro caso não é mais óbvio. Especificamente, qual a importância da memória nesse fenômeno? Ela se trata apenas de um armazenamento de informações que serão operadas por um setor do cérebro responsável por uma atividade mais "nobre" de manipular ideias ou ela deve ser já considerada como elemento constituinte dessa própria atividade, na medida em que a falha no acesso aos dados impediria, por definição, qualquer manejo futuro deles? A presente trama em formato de RPG (Jogo de interpretação de papéis), Forgetfulness Mage, nos faz viver esse problema de forma prática e envolvente, cabendo ao leitor desenvolver não apenas o final da história, como também a personalidade do mago herói, que através dos seus poderes de fazer os outros se esquecerem de coisas nos revelará importantes reflexões acerca de nós mesmos e de conceitos que pensamos já dominar desde muito tempo atrás.
Já se pensou que as ideias existem "desde sempre", numa espécie de limbo racional, onde nasceram e permanecem, enquanto que, em contrapartida, acredita-se também que suas definições só poderiam ter surgido da prática humana, uma vez que só a consciência atuante seria capaz de produzi-las. O que ocorre é que, no que diz respeito a objetos "simples" do cotidiano, é fácil se inclinar à segunda opção, enquanto que os mais "complexos" demandam um maior nível de abstração que dificilmente se sustentaria no plano da "realidade padrão". Existe, porém, uma noção que confunde os termos dessa discussão e permite enfim um consenso claro e definitivo. A prática e o absoluto fazem as pazes de uma vez por todas e nasce então a Verdade, a qual define o que sempre existiu. No presente conto chamado Da prática à Perfeição, testemunharemos o nascimento de "Deus", quando resolveu dar origem a si mesmo e deixar de ser o que já foi.
Número de páginas | 94 |
Edição | 1 (2019) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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