Não há sequer uma única cultura, desde os primórdios da civilização, que não tenha feito do falo a manifestação do belo. Em todas as culturas ocidentais e orientais o belo é igual ao falo. Trata-se, portanto, de uma regra universal. Em todas as sociedades, desde os primórdios da civilização, o falo, como o significante do desejo, é o que estrutura o juízo de gosto sobre o belo. O fogo – como representante primitivo do falo – foi o primeiro significante a ser ajuizado como belo, porque era para o homem primitivo um significante digno de ser desejado. Eis porque em todas as civilizações a luz e o fogo são denominados como algo belo. Mas porque o fogo veio a assumir esse papel fálico na horda primitiva? Ora, pelo simples motivo de que, na era do gelo, o fogo era o significante mais desejado de todos. Essa é, pois, uma razão antropológica por natureza. O fato é que, em todas as culturas o belo é igual ao falo, que em geral desempenha o papel de significante do desejo de ser, ter e estar. É belo todo objeto, coisa, ação ou fenômeno da natureza que o homem deseja ser, ter e estar, por causar desejo no Outro. O belo é tudo o que é digno de ser desejado pelo homem por causar desejo na sociedade. Eis a nossa terceira tese. A condição fálica da existência humana faz com que para o homem o belo seja inseparável do bom, da virtude, da verdade, do poder e do dinheiro. O bom é belo porque ser bom, ter o bom e estar com o bom, gera desejo no Outro. A virtude é bela porque ser virtuoso, ter a virtude e estar com a virtude, gera desejo no Outro. A verdade é bela porque ser a verdade, ter a verdade e estar com a verdade, gera desejo no Outro. O poder é belo porque ser poderoso, ter o poder e estar com o poder, gera desejo no Outro. O dinheiro é belo porque ser rico, ter o dinheiro e estar com o dinheiro, gera desejo no Outro. Belo, bom, virtude, verdade, poder e dinheiro são inseparáveis. Eis o que o fogo representou para o homem primitivo: o belo, o bom, a virtude, a verdade, o poder e o dinheiro. A estética deve ser estudada fundida com a ética, a moral, a lógica, a política e a economia. Eis a grande novidade introduzida pela Filosofia Alvissarista à estética desde Platão e Aristóteles.
Número de páginas | 78 |
Edição | 1 (2015) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
Tem algo a reclamar sobre este livro? Envie um email para atendimento@clubedeautores.com.br
Faça o login deixe o seu comentário sobre o livro.