Janeiro de 2022, início do terceiro da pandemia, o caos continua instalado, estresse e correria, todo mundo pasmo, todo mundo louco.
É nesse cenário que me surgiu a ideia de criar “De afetos e toques”. Acho que nem foi uma ideia; foi uma necessidade. É que a gente vai sendo envolvido pela neurose coletiva e acaba entrando em transe, deixando de perceber a beleza das coisas, os pequenos e grandes milagres do cotidiano, deixando de ver e viver uma outra vida, uma outra energia que paira além e acima do ambiente poluído pelo medo, pelo terror, pela desesperança.
Trazer para a poesia toda suavidade possível, em contraponto a uma energia de agressividade que vem imperando, oriunda da polarização política, da visão diminuta de grande parte das pessoas, e do pânico.
E nesse processo de criação, pude levitar sobre a linha de incidência, transcender o limite imposto, estar no caos sem pertencer ao caos, estar em equilíbrio em meio a tanta confusão.
A poesia me possibilita isso. Eu a vejo como um barco à minha disposição. É só pegar os remos e navegar, tranquilamente, nesses mares revoltos.
Número de páginas | 64 |
Edição | 1 (2022) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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