ÁCIDOS ALCALICENTOS I

Quando iniciei a escrita destes textos, em forma de poesias, digressões, missivas, pensava que seriam escritos semelhantes a figos, uvas, brócolis, pepinos, couves, abacates, berinjelas, por serem alimentos alcalinos poderosos, garantidores da saúde de nossos rins e músculos, mas, ao mesmo tempo, queria que pudessem corroer as entranhas como ácidos. Foi, então, tomada a decisão de chamá-los “Ácidos Alcalicentos”.

Assim nasceram todos estes títulos, cada um carregando em si uma necessidade de momento. Todos com uma particularidade única e, por isso, não se conjugam, nem se associam. Deixo nesta apresentação o título deles, todavia, só a leitura, na íntegra, pode inundá-los com sua alcalinidade. Eis os títulos: SER E HAVER; Lírios Vermelhos – Eterno Amor; Rios, Natureza e Mendigos; “SAECULA, SAECULORUM”, PLENO AMOR!; Pobreza dos Iguais; As Cidades; O HOMEM SEM VERDADES; A INCLUSÃO; Eu,...; OS DEMÔNIOS; A UNIVERSIDADE; DISTOPIA; Desastre; Fim de Festa; Conselho; CARRETA DA MISERICÓRDIA; JANOTA; ESPINHOS E FOLHAS; TANGERINAS SELVAGENS; Afetos e Razão; AO NADA; Universidade Outro Mundo – UOM; De cada vez; QUANDO!; Tempo de agora; NATUREZA SOLAR; Karl Popper, filho de Titã!; A Dor; Abismo & Caos: Pensava Baruch de Espinosa; Perplexidades!; EDUCAÇÃO E ADESTRAMENTO; Si; Humanos? Animais?; O Tempo e a Amizade; Atravessar o tempo, Sentir o outro; Mundo! Mundo! Estranho mundo; Especializar-se; Identidade e transformação; Sublevar; CANTANDO O “HUMANO, DEMASIADO HUMANO”; No que se apoia a Amizade, segundo Aristóteles?; Espaços Urbanos; Mentirosos; Pai de mim mesmo; Urgente!; Que Brasil?; A Felicidade; Há um Nazismo circundante e constante: CUIDADO!; O SONHO DE UM GAROTO INOCENTE; O Crematório; O QUE SERÁ DO FUTURO?; Meu Pequeno Pássaro; A Estrada até aqui!.

Quero com este primeiro livro fazer o que tentei fazer quando escrevi a missiva “Os Demônios”, ou seja, registrar, de modo muito impreciso, o que, ao longo das primeiras quarenta e seis páginas do livro, de mesmo nome, de Fiódor Dostoiévski (2004, p.44), foi ficando rasteiramente em minha cabeça, quando Dostoiévski nos alerta dizendo: “se bem o que as nossas cabeças mais fazem é nos impedir de pensar” e se tomarmos cabeça como consciência; pensaremos como Nietzsche (2002, p. 223) quando nos diz, na sua Gaia, “que a consciência não faz parte realmente da existência individual do ser humano, mas antes daquilo que nele é natureza comunitária e gregária”, em outras palavras, para o trecho destacado, rebanhos a serem conduzidos. Assim, o presente livro nos convida a não sermos rebanhos. Desejo que sejam agradáveis e intensas, às minhas leitoras e aos meus leitores, os textos que se seguem.

Mestre em Filosofia pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ(2006). Bacharel em Ciências Sociais pela UFRJ (2015), nos campos da Antropologia, Ciência Política e Sociologia. Especialista em Administração Escolar pela Faculdade de Educação da UFRJ (2002). Tem Licenciatura Plena em Pedagogia na Universidade Federal do Piauí/UFPI (1997). Atuou como professor em todos os níveis de Ensino Básico, bem como também no nível superior e pós-graduação lato sensu: nos cursos de Biologia, Direito, Enfermagem, Filosofia, Fisioterapia, Letras, Pedagogia e Psicologia. Orientou, até agora, 33 trabalhos monográficos. Seus interesses estão pautados nos campos da Antropologia, Ciência Política, Educação, Filosofia, História, Poesia Psicanálise e Sociologia. Canal no YouTube: @AlexandreCampelo-Rimas