Descendente de italianos e portugueses, filho de um casal de classe média, Dona Clara e Bernardo, um próspero dono de mercearia, nosso herói cresceu sem problemas. Do avô, imigrante italiano que foi trabalhar nas terras do Paraná, não herdou só o nome, mas o gosto pela vida do campo. Aos 16 anos, foge de casa para ser assistente do faquir Ferri. Monta o Circo Teatro Mazzaropi e Companhia Teatro de Emergência em 1940.
Em 1948, vai para a Rádio Tupi onde estreia o programa "Rancho Alegre". Com a estreia da televisão no Brasil em 1950, ele leva seu programa e torna-se um estrondoso sucesso,
Abílio Pereira de Almeida, diretor da produtora Vera Cruz, procura um tipo diferente e curioso para estrelar uma comédia e ao assistir Amácio Mazzaropi na televisão não tem dúvida e o contrata para atuar em "Sai da Frente". Participa de oito filmes como ator contratado;
Funda a Pam Filmes - Produções Amacio Mazzaropi em 1958 e, a partir daí, passa a produzir e dirigir seus filmes, sendo sua primeira produção "Chofer de Praça", em que ele emprega todas as suas economias para alugar os estúdios da Cia Vera Cruz e as filmagens externas são rodadas na cidade de São Paulo, com os equipamentos alugados da Vera Cruz. Como não tinha dinheiro para fazer as cópias do filme pronto, pega o carro e sai pelo interior afora fazendo shows, até conseguir arrecadar a quantia necessária. O filme faz enorme sucesso em sua estreia.
Entre os amigos era carinhosamente chamado de Mazza. O pano de fundo de quase todos os seus filmes era sempre uma fazenda. A primeira é emprestada, mas depois ele compra a sua, batizada de Fazenda da Santa, onde monta seus estúdios. Ali atravessa sua mais fértil fase e produz seus melhores filmes, como "Tristeza do Jeca" e "Meu Japão Brasileiro";
Com inspiração na obra de Monteiro Lobato, o personagem Jeca, o caipira de fala arrastada, tímido, mas cheio de malícia, arrasta multidões para os cinemas; Lança um filme por ano e sempre em 25 de janeiro, aniversário de São Paulo. Mazzaropi também passa pela TV Excelsior, fazendo parte de um programa de sucesso na época apresentado por Bibi Ferreira, "Brasil 62".
Fica milionário e, paralelamente, produzindo leite e sendo um dos maiores fornecedores da empresa Leites Paulista, constrói novos estúdios e um hotel, também em Taubaté, no início dos anos 70. Artista nato e empresário com muito tino comercial, é também desconfiado e solitário.
Nunca se casou, mas teve um filho adotivo, Péricles, que o ajudava na produção dos filmes. Falece em 13 de junho de 1981, aos 69 anos de idade, vítima de um câncer na medula, logo após iniciar sua 33ª produção, "Jeca e Maria Tromba Homem".
Neste livro você irá viajar na trajetória brilhante deste Jeca, um Caipira Adorável.
ISBN | 978-85-93232-12-1 |
Número de páginas | 204 |
Edição | 3 (2019) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Couche 90g |
Idioma | Português |
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