EU, O LIVRO
Sou o guardião da memória do mundo.
Pelos sinais em cunha, hieróglifos e ideogramas,
No meu corpo de pedra, argila, pergaminho ou papiro,
O mundo soube de Ra, Brahma, Jesus,
Nero, Calígula e Messalina.
Hoje, de papel, por algarismos, letras e tinta,
Perpetuo o gênio de Sócrates,
As visões de Nostradamus,
Os desvarios dos loucos,
A desesperança dos céticos,
A beleza dos corações puros e
A lassidão moral dos devassos.
Sou palco do poeta tímido,
Tribuna do orador sem voz.
Não seleciono nada,
Abrigo o cético e o dogmático,
Sexto Empírico e Santo Thomaz.
Mas tudo o que guardo é pouco,
Frente à grandeza do mundo.
Há muita repetição.
Ninguém ousa idéia nova,
No temor da maldição.
Que o diga Galileu
Que quase morreu queimado
Por tentar reescrever
O livro da criação!
ooo000ooo
Número de páginas | 170 |
Edição | 1 (2009) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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