Sempre questionador, nunca dogmático, Paul Marcel nos faz perguntas instigantes, quando não perturbadoras, em seu segundo volume de contos, evitando os extremismos de doutrinações vigentes.
Será que a rebeldia também pode ser uma convenção social? Eis a questão posta no conto que dá título ao livro. Haverá filhas e filhos dos deuses caminhando entre nós, como professavam os gregos antigos? Os protagonistas de "Dimitrios não queria acreditar" podem ter a resposta. A música é capaz de transportar o humano a outras esferas? Que o diga a Joana de "Om". Haverá libertação na violência? O narrador de "Crime perfeito" defende esta tese arrepiante.
Todo autor tem seus temas recorrentes – a própria literatura, a música, o cinema, as religiões, costumes e até o mundo do tênis estão entre os de Paul. Mas em "Rebeldia" ele vai além: na nova coletânea há uma reflexão sobre o lugar do humano no universo com um toque de ficção científica ("Isolamento"), os votos de casamento de uma noiva “pós-Me Too, pós-millenials, pós-cringe” ("Felicidade conjugal"), o repúdio de um artista à adoração maníaca de uma fã ("Ídolo"), uma me-táfora medieval sobre a impossibilidade de comunicação entre indiví-duos e povos ("A ponte").
Retornar a um gênero não significa se repetir – e Paul o demonstra em "Rebeldia".
ISBN | 9786501134697 |
Número de páginas | 200 |
Edição | 1 (2024) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 90g |
Idioma | Português |
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