Em outra vida, eu queria ser a guardiã da minha mãe. Não porque ela não foi uma mãe incrível, mas porque há algo em mim que deseja ser o abraço que a vida não lhe deu. Eu queria poder voltar no tempo — ou avançar em um universo alternativo — e garantir que ela soubesse, desde cedo, o que é ser amada sem reservas.
Eu a ensinaria que o amor não deveria pedir sacrifícios tão grandes, que ela não precisaria perder partes de si mesma para segurar as pontas do mundo ao seu redor. Seria a mãe que lhe mostraria que seus sonhos são tão importantes quanto os dos outros, e que não há nada de errado em escolhê-los, mesmo que isso signifique decepcionar quem não entende sua jornada.
Eu a protegeria da solidão que um dia a envolveu, daquele silêncio onde se perderam tantas palavras que deveriam ter sido ditas. Eu estaria lá, dizendo que ela não precisava ser forte o tempo todo, que ela podia chorar sem sentir culpa, que havia colo para ela também. E, nesse universo alternativo, ela nunca aprenderia a sufocar sua dor ou a esconder seus desejos, porque eu a ensinaria que ela merece espaço para ser, apenas ser.
Número de páginas | 200 |
Edição | 1 (2025) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Couche 90g |
Idioma | Português |
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