O Verbum et Homine. O homem não se faz necessário sem seu verbo, contudo, mesmo sem pronunciar palavras pode ser eterno e divino. Não há maneira mais humana de existir do que falando. Então se expressando o homem se situa e se realiza no mundo das ideias e do pensamento, isto é possível de quantas formas nos for concedido fazer.
A expressão artística, todavia, sempre foi a língua comum para homens e deuses se perpetuarem. A comunicação oral, contudo, foi seu apogeu, com ela o homem pode alcançar sonhos e sons de eternidades criativas. Mas é a poesia, a ver, como obra-prima, a princípio privilégio apenas de anjos e oráculos, a soma de tudo que até hoje nos foi revelado, é a poesia que congrega todas as artes, imaginadas, pintadas, cantadas ou faladas, de Gilgamesh a Homero, de Virgílio a Horácio de Platão a todos nós, poetas, homens e mulheres, que embora mortais e fora da “caverna”, ainda vivemos encantados com a musa que nos inspira a criação artística, poesia, música sacra ou pintura profana, tudo emana do divino criador de toda forma de expressão.
“O verbo e o Homem, ” ora aqui exposto, não é um livro, embora tenha forma de livro, letras humanas, ideias de homens impressas em papel comum, mas o verbo que aqui fala é um oráculo, que diz tudo que tua alma poética balbucia em profundo silêncio e não completa em vocábulos e ditirambo.
Não é possível resumir ou sintetizar a obra de um poeta, como não se pode resumir ou explicar, com detalhes, a alma de um homem, pois todo ser humano guarda consigo todos os segredos do universo, mesmo que nos reporte apenas a um livro ficamos sempre devendo ao poeta a honra que não conseguimos extrair ou perceber em sua poesia.
Alufa-Licuta, um ser que por obra do acaso me foi dada a honra de conhecer, de ser seu amigo e de editar parte de sua grandiosa obra poética, é um poeta dispare dos que hoje escrevem poesia. Sua poesia trata de temas universais, temas que me são caros, e raros, entre os poetas contemporâneos. Alufa consegue sair do mundo pequeno onde habita a excelsa vaidade do poeta comum, sua poesia é cósmica, embora como homem regional, nunca esquece sua origem simples, de rios e barrancos, de farrapos e gravetos, de fogueiras e rezadeiras, de moinho de vento e de farinha. Alufa nesta obra traz parte de uma poética que abrange o sagrado ofício de existir como poeta em todas as suas facetas humanas-divinas.
Lendo qualquer texto ou poema de Alufa, o leitor não diz, “ah, isto eu já li, isto eu conheço. ” Ele é único em seu modo de “existir-existindo. ” Foi este espanto com sua autenticidade que me fez procurar conhecer toda a sua obra, hoje posso dizer, que em qualquer lugar em que encontrar uma “letra” dele saberei reconhecer e referenciar sua genuinidade criativa.
ISBN | 978-1983778926 |
Número de páginas | 125 |
Edição | 1 (2018) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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