A trajetória do Príncipe Vermelho ou Hassan Salameh, que era a aposta de Arafat para sua sucessão como líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), serve de pano de fundo para uma narrativa tensa sobre o episódio que ficou conhecido como Setembro Negro, na Jordânia, em 1970: o auge e a derrota de uma luta que marcou o início da resistência e da Revolução Palestina. Uma história real romanceada com flashs sobre o Nakba ou a tragédia Palestina ocupada pelos sionistas que, para fundar o Estado de Israel, promoveram a expulsão da população original do país.
A ação do grupo Setembro Negro nas Olimpíadas de Munique, como desdobramento e uma reação ao massacre sofrido pelos fedayeen (guerrilheiros palestinos) na Jordânia, relembra os fatos que pararam o mundo em 05 de setembro 1972. Finalmente a guerra nas sombras, a implacável vingança de Israel que, através do Mossad, caçou e matou dezenas de líderes da OLP , incluindo àquele que erroneamente foi acusado de ser o mentor dos sequestro dos atletas israelenses que participavam dos jogos Olímpicos.
A revolução palestina serviu, em alguns momentos, como curinga num jogo de cartas marcadas entre rivais, aliados e cúmplices, numa relação simbiótica incompreensível para quem não acompanhou os acontecimentos, onde transitaram personagens obviamente contraditórios como o Príncipe Vermelho.
Um radical e extremista movido pelo desejo de justiça e vingança contra a usurpação de sua pátria palestina pelos judeus sionistas e, ao mesmo tempo, um esperançoso que acreditava na possibilidade de se proteger e proteger a OLP e Arafat das garras do Mossad israelense sob a proteção da CIA.
Ele sacrificou sua própria vida para cumprir a promessa que sua mãe fez diante do corpo do marido, assassinado por uma milícia sionista, quando tentava resistir à expulsão de seu povo em 1948: ela jurou que em sua honra, ofereceria seu único filho à causa palestina.
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