A linha do horizonte demarca o fim da tarde na Fazenda Triângulo Mineiro. Os olhos de seu Fidêncio contemplam o astro-rei procurar assento na direção Oeste pintando a serra com matizes de vermelho e laranja intensos.
O fazendeiro busca no longe alguma explicação para o sentimento de vazio que o domina. Mesmo agraciado por aquela visão divina seu coração não se reconforta.
Longe dele, um simples mortal, querer comparar-se a Deus, mas imaginou o que Ele sentira quando da queda de Lúcifer. Um anjo que foi agraciado com poderes sobre outros anjos, mas que preferiu se rebelar e voltar-se contra seu criador, talvez movido pelo egoísmo; a inveja e outros sentimentos mesquinhos.
Seu Fidêncio também tivera um rebento que como o anjo caído da Bíblia voltou-se contra ele. Será que Deus já havia assimilado o golpe? Essa faculdade era somente para o Ser Supremo. Seu Fidêncio, um simples fazendeiro, traria para sempre aquela chaga supurada em seu peito. Mostrando a ele que longe de ser Deus o homem estava ali, bem pequenino e que as coisas do céu não se podiam comparar com as da terra, haja vista que até o todo poderoso sol é obrigado a se deitar todos os dias do mesmo lado.
ISBN | 978-85-916872-4-4 |
Número de páginas | 237 |
Edição | 1 (2013) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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