SOBRE A POÉTICA DE EVAN DO CARMO
Falar sobre a poesia de Evan do Carmo é um privilégio para qualquer outro poeta que tenha lido seus poemas. Não tenho dúvida que Evan merece um lugar assegurado entre os bons poetas brasileiros da atual geração. Seus poemas, alguns deles têm um acento romântico, o que não prejudica sua produção poética, pois o amor é uma constante neles.
O amor move o mundo. E o poeta romântico, mais do que qualquer outro e quem escreveu os mais belos poemas. Evan do Carmo, porém, não se deixa conduzir como um poeta romântico desligado do mundo real. Ele tem os pés firmes no chão onde pisa e por isso também constrói poemas com um forte acento social.
Daí o átomo eterno da poesia, um poema que confirma esta condição. Ser poeta é se fazer eterno com seus poemas e o poeta só existe nos bons e melhores poemas como muitos dos que Evan escreveu.
Emil de Castro, Rio de Janeiro 06/02/2020
COMO NASCE UM POEMA?
De tantas maneiras, que não podemos mensurar com precisão.
Cada poeta pode definir isto, mas ao seu próprio modo de escrever poesia, contudo, deve existir uma semelhança assustadora para todos eles, no que tange às formas em que a poesia os obriga a escrever poemas.
Então devo falar sobre minha própria maneira e experiência.
Entre tantos poemas já escritos, milhares deles, devo confessar que alguns ganharam corpo e espírito com total independência, fugiram, assim, à minha vontade, desejo e modo de os trazer ao mundo.
Alguns dos poemas que escrevi foram verdadeiras alucinações passageiras, outros foram surtos psicóticos, aliás, até livros, no meu caso, nasceram desta forma.
Já outros poemas são simples em sua maneira, não raro nascem de provocações externas.
Provocado, o poeta se põe a escrever, às vezes por uma palavra ouvida, um elogio apropriado, uma injustiça verbal sofrida, por um encantamento desmedido, provocado pela beleza estética de alguém, ou mesmo, e, neste caso, também creio que seja especial para cada um, provocado pela inteligência emocional de outro ser humano ou mesmo pela crueldade da musa.
Muitos poetas caem nesta armadilha tola, a de criar uma musa sem rosto, e um amor desesperadamente platônico, com o fim único e objetivo de produzir e externar seu lirismo.
De qualquer forma, a meu ver, não temos consciência plena nem domínio sobre isso, a poesia é autônoma, é ela quem nos conduz, quem nos escolhe. Ninguém aprende a fazer poesia na escola... ´
É uma benção ou maldição pessoal...Ser poeta é não ter sossego.
Número de páginas | 1505 |
Edição | 1 (2022) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Polen |
Idioma | Alemão |
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