Como de costume nas revoluções em que o Exército participa, era quase inevitável que um soldado fosse o chefe do Governo Provisório. Era igualmente inevitável que algum oficial ambicioso decidisse que a primeira presidência deveria ser militar, a fim de prevenir distúrbios; e que, uma vez presidente, ele deveria considerar o Exército um meio de se manter no poder.
Os Estados aguardavam a era de autogoverno prometida pela Constituição. A União manteve um olhar zeloso sobre eles, para que não desafiassem sua autoridade. Enquanto isso, o Congresso começou a examinar as ações do Governo Provisório. Seguiram-se discussões e renúncias. Os problemas financeiros da nação exigiam consideração.
O Congresso aprovou os projetos de lei sobre o veto de Deodoro da Fonseca. O impeachment do presidente estava sendo cogitado quando Fonseca dissolveu o Congresso pela força militar, decretando um novo Congresso Revisional. Ele então declarou o Rio em estado de sítio; em outras palavras, declarou-se tirano militar. Rio Grande, Pernambuco e Pará ameaçaram se separar. Deodoro da Fonseca imediatamente mandou tropas para o antigo Estado, mas eles encontraram um exército de 50000 homens “preparados para tomar banho no Rio e depor o ditador”, afirmou seu líder.
Fonseca ofereceu termos; as forças recusaram-se a dispersar até que Fonseca se demitisse e o novo Parlamento se reunisse. Isso foi em novembro de 1891; Fonseca proclamou o dia 3 de maio de 1892 como a data da assembleia do novo Congresso, que seria eleito em fevereiro. Ele também recomendou salvaguardas para manter o veto do presidente e limitar os poderes do Congresso. Isso foi demais até para seus ex-apoiadores.
A Marinha e a maior parte do Exército se pronunciaram contra ele, e seus líderes exigiram sua abdicação. Ele renunciou, e os insurgentes no Rio Grande voltaram pacificamente para casa. Ele morreu no final do ano.
Número de páginas | 369 |
Edição | 2 (2020) |
Formato | A4 (210x297) |
Acabamento | Brochura |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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