Chico Xavier é o Arauto da Terceira Revelação Espírita. Por meio de suas obras nos mostra o plano espiritual e sua interação conosco de uma forma magnífica e sem subterfúgios. Dá cor, forma, peso e sentido ao que Allan Kardec iniciou. Sua vida foi e será sempre o selo de autenticidade de seu trabalho. Sim, outros contribuíram e contribuirão, mas o acervo de Chico é de uma genialidade imensurável na qual devemos nos debruçar para ler, reler, vasculhar os sentidos, as entrelinhas, sintonizar com o Alto e ouvir até o mínimo sussurro das palavras que ele trouxe para todos lerem, mas que somente os de espirito livre poderão usufruir com total alcance.
Por isso, considero o convite para estudarmos junto estas obras de André Luiz tão oportuno. Não é justo que obra de vulto tão magnífico e que teve tanto empenho para chegar até nós, seja relegadas ao plano das coisas velhas e ultrapassadas. Perante todo o bombardeiro midiático, um turbilhão de barulhos e imagens faiscantes atiradas diariamente em nossa retina, sempre para exaltar o prazer frívolo e descompromissado, existe a singeleza desses livros que nos instruem sem violentar, sem forçar, que em si mesmo apresentam-se repletos da candura de um Francisco brasileiro, mulato, pobre e despretensioso de Minas Gerais.
Não é muito que o plano superior espera de nós. Somos os peixes a serem pescados para Deus, mas sem a vilania de um anzol. Estes textos de Chico Xavier, trazendo-nos a voz de tantos irmãos nossos desencarnados, são uma macia rede onde somente deitam os que já possuem algum olho para ver mais além, algum ouvido para escutar a melodia universal, os demais vão passar ao largo e isso é natural.
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