A imagem poética do despertador está no enredo cotidiano.
A perturbação de cada cabeceira, o ar onírico da manhã através da luz sonora que cada um de nós escolhe admitir: O galo e o Sol; o berrar da criança; a marimba eletrônica, em algum lugar, agora é de manhã e as pessoas despertam por necessidade.
Quando conheci Elisa ela pensava não ter nome para seu livro. Na primeira página: “Projeto: primeiro livro”. Na primeira crônica me apresentada: “Frio de Janeiro”. A primeira oração: “Desperta a dor”. As palavras que você, leitor, está prestes a internalizar soam à leitura de um verdadeiro amanhecer porque são os frutos da transformação diária. Os textos iam chegando e chegando, Elisa é rítmica com suas palavras. Carioca do vento; embora seus pés descalços, firmes no chão. É com muita sanidade que apresenta a loucura de amadurecer. A necessidade de contar, o tema é preciso na pena de Elisa. É a poesia que exala das contradições insuportáveis que vêm de fora e das revoluções internas que de si afluem. Sensível descrição de tempos líquidos, o despertar da sua escrita.
Esse livro é o primeiro suspiro de um dia brilhante, longo e gazeteiro.
o editor, Brás Moreau Antunes
Número de páginas | 47 |
Edição | 1 (2016) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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