Aprender sempre é necessário. Em todas as fases de nossa vida. É um ato egocêntrico, de portas fechadas para o mundo, em um primeiro momento. Depois, no entanto, ao adquirirmos a medida quase exata de nos deleitarmos com as maravilhas do aprendizado, passamos a ser solidários e somos capazes de partilhar nossas experiências conquistadas com o(s) próximo(s). Esse ato faz o universo ser percebido e nos torna perceptivos para o universo. Coloca-nos como reféns da lei de “causa e efeito” de que tanto precisamos para regular o bem e o mal, a verdade e a mentira, o sim e o não, e assim por diante.
O ato de ensinar formalmente, advindo da necessidade de espalhar o conhecimento por todas as partes em que falta consciência de vida, de crítica e de pertencimento ao lugar em que se está ou no qual se estará algum dia, é peça fundamental para posicionarmos, por meio da aprendizagem, o ser humano, desde aquele de primeiras letras até os que se encontram no mais alto poder que a consciência pode colocar.
E entender esse ato tão complexo de contribuir com o outro, com o intuito de aprimorá-lo, só é possível quando somos tocados pelo prazer inato, pelo amor construído, pela responsabilidade consolidada por meio de teorias e de técnicas e pela experiência vivenciada em sala de aula. Sem isso, acreditamos, não há ensino e, consequentemente, não haverá vontade de progredir, de interpretar, de se superar.
Este livro, produzido pelo grupo de pesquisa da UNIFEV, Centro Universitário de Votuporanga, teve sempre como premissa essa concepção de ensino-aprendizagem. Baseamo-nos, para tanto, em estudos realizados, em colóquios de aprimoramento, durante o ano de 2014, nos quais procuramos conhecer melhor os preceitos contidos nas obras de Paulo Freire e de Edgar Morin relacionados à educação.
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