Em 2013, em um grande jornal do estado de São Paulo, cujo nome se ocultará, dado que, hoje, ele se transformou em um panfleto do “consórcio”, publicado foi o artigo que tratava da Coleção Vagalume, da Editora Ática.
Levando Mateusz Duarte, antes de escrever “A Máquina da Verdade”, a se lembrar de como os livros da Coleção Vagalume eram bons.
Sim, eram tão bons que nem a escola conseguia estragá-los, ao colocá-los da sua agenda de leituras obrigatórias.
Logo, o salto que “A Máquina da Verdade” deu da imaginação para a realidade, como em um capítulo de “Além da Imaginação”, tomou impulso quando o autor se imaginou como parte de sua própria história.
Não como paciente.
E sim, como agente.
Já que ele se imaginou como um homem do futuro que escrevia um livro que iria ser lido pelo menino que ele era, no passado.
A partir daí, a narrativa que norteou o texto teve como inspiração as séries “Anos Incríveis” e “Todo Mundo Odeia o Chris”. Também se computando o filme “Conta Comigo” – aliás, não há como citá-lo sem balbuciar trechos da canção “Stand by Me”, de Ben E. King. Tudo porque nessas histórias o protagonista conta, comenta e “corneta” as aventuras de sua infância.
O que cobre “A Máquina da Verdade” com uma aura de saudosismo.
Dado que a trama tem todas as características de uma autobiografia.
Principalmente, porque o autor, propositalmente, utilizou, como pano de fundo, alguns dos palcos de sua vida – como o bairro de Santana, o Metrô Santana e o Empório Laura Aguiar (o vulgo Bar do Zé).
Sem se esquecer, é claro, do Edifício Martinelli.
O que o levou a fazer uma investigação sobre William Fillinger, seu arquiteto. Que, misteriosamente, desapareceu.
Chegando, após uma associação de nomes e sobrenomes, à bisneta do cujo. Uma pessoa que, a priori, se mostrou atenciosa. Com o papo de que queria restaurar a história do bisavô.
Contudo, como ele, ela, também, misteriosamente, sumiu.
Em todo caso: “The Show Must Go On”!
(Tal como Freddie Mercury cantava à frente do Queen.)
Ademais, no enredo se destaca a relação entre pai e filho.
E, aqui, há de se entender que não existe curso para ser pai.
Logo, por falta de uma orientação (principalmente) religiosa, o cujo não entende que ele precisa preparar o rebento para cumprir sua missão nesse plano.
Por isso, em alguns casos, com o intuito de ser rigoroso, o sujeito se torna uma espécie de carrasco; até externando algum sadismo. Ou se transforma em um “amigão”; retardando o amadurecimento da criatura.
Entretanto, o progenitor do protagonista é um anti-herói. Um cidadão politicamente incorreto. E que, por isso, em muitos casos, age como uma espécie de anjo. Um Sr. Miyagi ocidental. Ajudando seu filho a encontrar o caminho do sucesso.
Por fim, com a história pronta, foi-se atrás da Vagalume.
Só que a bunda deste Vagalume não brilhava mais.
O que fazer?
Abortar o Plano A?
Ou apenas tirar o nome “Vagalume” dele?
Bem, ele alterou o Plano A ao tirar o nome do coleóptero dele.
Posto que a sua proposta era a de atuar com outras pessoas, e, assim, alcançar um público diferenciado, dentro do universo infanto-juvenil; com isso, colocando uma alternativa conservadora no mercado.
Pois uma das principais preocupações de todo pai é a de que seu guri seja ensinado a pensar. E não, ser submetido a um pensamento esquerdista por meio de adestramento.
Assim, se foi em busca das pequenas editoras.
Por que não das grandes?
Porque requer um convite.
Algo que para um autor que, em outros tempos, seria qualificado como “underground” estava fora de cogitação.
Ademais, entre as pequenas, se perambulou por um “Parque de Pirâmides Literárias”.
Inviabilizando a materialização da obra.
(Entretanto, rendeu um artigo alcunhado de “A Segunda Divisão do Mercado Editorial Brasileiro”, que foi publicado, em 26 de abril de 2017, no blog “Mochileiro Místico”.)
O que, aos poucos, tirou o ânimo do autor.
Até que, enfim, ele a engavetou.
Contudo, 10 anos depois do movimento inicial, ele ouvia o “Programa 4 Por 4”, no canal homônimo do Youtube, quando escutou Luís Ernesto Lacombe, seu apresentador, dizer que tinha escrito um livro infantil.
“Eu também escrevi”, ele pensou.
Na verdade, como já foi dito, se trata de um livro infanto-juvenil.
Mas que também serve.
Então, ele tirou a obra da gaveta, bateu-lhe o pó e a publicou pelo Clube de Autores, onde tinha publicado antes.
Número de páginas | 268 |
Edição | 1 (2023) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 90g |
Idioma | Português |
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